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    Transferência de recursos do Bolsa Família não foi prejudicial, diz governo

    Equipe econômica garante que transferência de R$ 83 milhões destinados ao Bolsa Família para comunicação institucional do governo não afetou beneficiários

    Prédio do Ministério da Economia, em Brasília: Equipe econômica garante que transferência recursos para comunicação institucional do governo não afetou beneficiários
    Prédio do Ministério da Economia, em Brasília: Equipe econômica garante que transferência recursos para comunicação institucional do governo não afetou beneficiários Foto: Adriano Machado/Reuters

    Anna Russi,

    do CNN Brasil Business, em Brasília

    Secretários da equipe econômica do governo federal garantem que nenhum beneficiário do programa Bolsa Família foi prejudicado com o remanejamento de dotações orçamentárias, definidas por portaria publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira.

    “Não há prejuízo de pessoas que receberiam o Bolsa Família. Ninguém foi prejudicado”, afirmou o secretário-executivo da pasta, Marcelo Guaranys.

    A equipe econômica concedeu entrevista coletiva, nesta sexta-feira (5) para explicar os impactos da medida, que suspendeu R$ 83 milhões do programa e destinou os valores para a comunicação institucional do governo federal

    Além de reforçar que nenhum beneficiário foi prejudicado, o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, afirmou que a pasta vai estudar espaço no orçamento para pagamento do 13º do Bolsa Família.

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    Ele ainda destacou que, a princípio, o governo deve prorrogar o auxílio emergencial por duas parcelas.  “Não teve nenhuma perda, muito pelo contrário: 95% dos beneficiários do programa foram transferidos para o auxilio emergencial, que repassa um valor superior ao do Bolsa Família”, observou. 

    Segundo Rodrigues, o montante necessário para pagar o 13º do program pode chegar a cerca de R$ 2,5 bilhões. “Estudamos alocar esses recursos para pagamento do Bolsa Família conforme seja a decisão política. Será uma prioridade e vamos alocar isso no espaço fiscal”, disse ao lembrar que a medida provisória que previa esse pagamento caducou.

    Guaranys também reforçou que ao zerar a fila do Bolsa Família, que foi outra medida do governo para combate aos impactos da pandemia, os novos beneficiários já foram inseridas no auxílio emergencial, uma vez que o recurso repassado é três vezes superior ao benefício do Bolsa Família.

    Ele ainda garantiu que o programa não foi descontinuado, mesmo que os beneficiários tenham sido transferidos. “Não há descontinuidade. Os recursos para ambos programas estão garantidos”, afirmou.

    Custo

    O secretário da Fazenda também comentou sobre o custo adicionou da extensão do auxílio emergencial. Ele adiantou que a estimativa da equipe é de que com a prorrogação do programa por mais dois meses, o custo total às contas públicas será de aproximadamente R$ 203 bilhões.

    “Se tivermos a prorrogação de duas parcelas com valores menores, estamos falando de algo adicional em R$ 51 bilhões. É um número substancial que ainda estamos fechando e será anunciado em breve”, observou. De acordo com ele, as três parcelas do auxílio de R$ 600 já representam uma despesa de R$ 151,5 bilhões.

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