Tendência é que desigualdade entre países pobres e ricos aumente, diz economista
À CNN Rádio, Leonardo Trevisan concordou com relatório do Banco Mundial que projeta crescimento econômico menor neste ano, com piora para países emergentes
!["Com certeza a desigualdade vai aumentar, o grande efeito da pandemia foi acelerar e aumentar as duas velocidades, de pobres e ricos", disse o especialista "Com certeza a desigualdade vai aumentar, o grande efeito da pandemia foi acelerar e aumentar as duas velocidades, de pobres e ricos", disse o especialista](https://preprod.cnnbrasil.com.br/wp-content/uploads/sites/12/2021/06/5174_A845E58D2625D5CB-1.jpeg?w=1220&h=674&crop=1)
O primeiro relatório do Banco Mundial deste ano projetou uma recuperação econômica menor para os próximos dois anos. O economista Leonardo Trevisan avalia que o declínio será “muito mais grave nos países pobres.”
“Serão duas velocidades, a recuperação econômica dos ricos, que será boa, e dos pobres, que será deficiente”, afirmou o professor da ESPM, em entrevista à CNN Rádio.
Em 2021, ele explica, o mundo cresceu, em termos médios, 5,5%. Para 2022, a tendência é de que o número caia para 4,1%, enquanto em 2023 deve ser de 3,2%.
“Com certeza a desigualdade vai aumentar, o grande efeito da pandemia foi acelerar e aumentar as duas velocidades, de pobres e ricos, alguns motivos aceleraram essa desigualdade, e o processo de vacinação desigual no mundo é um deles”, avaliou.
Da mesma forma, Trevisan lembra que os países ricos também estão enfrentando problemas de inflação e crescimento.
“Imagine, então os mais pobres. Para comparação, o PIB dos EUA é de 22 trilhões de dólares, enquanto o brasileiro é de 1,6 trilhão.”
O economista ressaltou que o auxílio emergencial foi necessário em todo o mundo, devido à pandemia e interrupção do setor de serviços.
“Isso implicou aumento de preços, já que a demanda por produtos aumentou, e também houve desorganização da cadeia global de produção.”