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    Tem um Ford na garagem? O que muda com o fim da produção da empresa no Brasil

    Especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business garantem que a rotina desses motoristas donos de carros da montadora mudará pouco

    Ford Ka
    Ford Ka Foto: Divulgação

    Leonardo Guimarães, do CNN Brasil Business, em São Paulo

    O Ford Ka e a Ecosport não serão mais fabricados no Brasil. Também é o caso dos carros da marca Troller. A montadora norte-americana anunciou nesta segunda-feira (11) o encerramento da produção de veículos no Brasil. 

    A medida pegou muita gente de surpresa e muitos donos de carros da marca se perguntam o que mudará na relação com a empresa. Especialistas ouvidos pelo CNN Brasil Business garantem que a rotina desses motoristas vai mudar pouco.

    Então, para acalmar esses clientes, vale começar informando que a garantia dos veículos e assistência das concessionárias continuam valendo. Se precisar de peças de reposição ou manutenção, os motoristas podem continuar procurando as concessionárias da marca.

    O anúncio também gerou preocupação com o preço das peças dos veículos. A Ford informou que vai manter a fabricação de peças por alguns meses para ter estoque e atender os clientes no pós-venda. 

    Paulo Garbossa, consultor da ADK, especializado no setor automotivo, afirma que os preços não devem sofrer grandes alterações. “Podemos tomar como exemplo casos como Corsa (GM) e modelos antigos do Gol (Volkswagen), que deixaram de ser fabricados há anos e têm peças de reposição a preços normais”. 

    O Corsa saiu de linha em 2016 após 20 anos no mercado. Já o Gol continua sendo fabricado pela Volkswagen, mas os modelos antigos, claro, já não são produzidos. As marcas que produzem esses veículos, porém, têm em comum a permanência no Brasil. 

    Antônio Jorge Martins, economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) concorda com Garbossa e não vê grandes mudanças para quem tem um carro da Ford na garagem. 

    Fica difícil de vender? 

    A tendência é que os carros usados da Ford se desvalorizem, já que os consumidores podem criar resistência em comprar os veículos da norte-americana. 

    “Os preços serão definidos pelo próprio mercado consumidor. É uma questão de acomodação, mas não deve haver um movimento muito fora curva”, explica Garbossa, da ADK. 

    No ano passado, o quarto carro mais vendido entre os usados foi o Fiesta, da Ford. Foram mais de 280 mil unidades negociadas do modelo que saiu de linha em 2019. 

    E os lançamentos? 

    Mesmo sem fabricação no Brasil, a Ford vai continuar a vender seus carros no país através da sua rede de concessionárias. 

    A montadora mantém o calendário de lançamentos no Brasil em 2021. O cronograma conta com o SUV Bronco, que chega ao Brasil para concorrer com o Jeep Compass e preencher uma lacuna no portfólio da montadora, que tem uma lacuna entre a EcoSport e a Territory. 

    Outra novidade é a Ranger Black, versão com vários detalhes pretos da sua picape que é lançada para que a montadora ganhe tempo até disponibilizar a nova geração da Ranger.