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    Startup de transporte por aplicativo foca em tarifa fixa para atrair motoristas

    Plataforma irá iniciar suas operações em 24 de outubro na cidade de Jundiaí (SP), escolhida para receber o piloto da startup com 120 motoristas cadastrados

    Fase de testes deve durar em torno de seis meses
    Fase de testes deve durar em torno de seis meses Unsplash

    Por Beatriz Garcia, da Reuters

    A startup Gostei chega ao setor de empresas de transporte por aplicativo com a premissa de integrar mobilidade em um modelo de negócio que promete previsibilidade de rendimentos para motoristas.

    A plataforma irá iniciar suas operações em 24 de outubro na cidade de Jundiaí (SP), escolhida para receber o piloto da startup com 120 motoristas cadastrados e a fase de testes deve durar em torno de seis meses.

    O presidente-executivo e co-fundador da Gostei, Antonio Vieira, afirmou que o negócio tem sido desenvolvido nos últimos 20 meses. A Gostei vai disputar espaço entre centenas de aplicativos de mobilidade no país incluindo os das gigantes Uber e 99.

    Com isso, a empresa afirma focar em segurança dos passageiros, tema que tem sido alvo de investimentos do setor, e rentabilidade dos motoristas em meio ao ambiente de custos elevados com combustível no país.

    Entre as funcionalidades do novo aplicativo está a verificação de identidade dos passageiros por meio de selfies para confirmação da corrida, de acordo com algumas condições da viagem solicitada como áreas considerados de risco e horário.

    Também haverá a possibilidade de solicitar um carro dirigido por uma mulher para as passageiras e suas famílias; e botões de emergência para pedir ajuda à polícia ou ambulância.

    Vieira afirmou que os motoristas terão as informações sobre as corridas como destino e valor a ser recebido antes mesmo de decidirem aceitá-las.

    A taxa cobrada dos motoristas por corrida pela Gostei será fixa em 25%, não tendo alteração de acordo com a rota ou horário do dia. Ao final de cada corrida a empresa promete que os motoristas já receberão o valor devido em uma conta digital.

    Rivais como Uber e 99 cobram dos motoristas percentuais das corridas que podem variar de acordo com o horário e distância percorridos entre 5% até 40%, de acordo com as empresas, mas podem ultrapassar 60% em alguns casos, segundo a Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp).

    A Uber comentou que no passado, a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens era fixa em 25%, mas desde 2018 se tornou variável.

    Sobre o valor a ser cobrado pela Gostei, Vieira disse que “não é a menor tarifa do mercado, mas também não é a maior”. Segundo ele, o modelo adotado pela empresa traz um nível de satisfação maior para o motorista porque ele “já sabe a ‘regra do jogo’ então pode fazer a conta dele antes de aceitar a viagem”.

    Além do serviço principal, a empresa também irá oferecer transporte para menores desacompanhados, onde o familiar ou responsável poderá monitorar o trajeto realizado com o menor via smartphone por GPS e chamada de viagens para terceiros que não possuem o aplicativo.

    O investimento no projeto, disse Vieira é de mais de R$ 2,5 milhões de capital próprio dele e do sócio Ricardo Margaretic. Após o lançamento, a Gostei planeja investir mais 2,5 milhões para expansão do negócio.

    A plataforma projeta faturamento de R$ 11 milhões até o final de 2023, e 155 milhões de reais em 5 anos, disse Vieira.