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    SpaceX, de Elon Musk, envia remédio contra a Covid-19 para o espaço

    A estação especial tentará entender melhor como o Remdesivir interage com um dos seus principais ativos, a ciclodextrina, e assim, melhorar a eficiência

    Giulia Alecrim,

    da CNN, em São Paulo*

     centésimo lançamento do foguete Falcon 9 da SpaceX neste domingo (6) enviou três quilos de carga para serem estudados na Estação Espacial Internacional da NASA (ISS). Entre eles, algumas surpresas.

    A principal delas é o medicamento Remdesivir, utilizado contra a Covid-19 e o primeiro aprovado para o tratamento da doença pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão norte-americano equivalente à Anvisa.

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    O remédio antiviral, contudo, não apresentou eficácia contra a doença em um estudo global patrocinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Já para o FDA, ele encurtou o tempo de recuperação de alguns pacientes em cerca de um terço.

    Mas por que o Remdesivir vai para o espaço? A estação especial tentará entender melhor como o remédio interage com um dos seus principais ativos, a ciclodextrina, e assim, melhorar a eficiência do medicamento. Será a primeira vez que qualquer pesquisa relacionada à Covid-19 será realizada na Estação Espacial Internacional.

    Já é comum o envio de materiais para serem estudados na estação espacial. Os astronautas realizam experiências na ISS há pelo menos 20 anos. A pesquisa e a ciência na órbita da Terra não é apenas extremamente importante na preparação para a exploração espacial contínua, mas também beneficia a vida na Terra.

    Descobertas e avanços nas áreas da medicina, engenharia e agricultura já foram observadas, e a partir de agora, as missões pretendem auxiliar na luta contra a Covid-19 através dos estudos na microgravidade. Atualmente, cerca de 250 investigações científicas e de pesquisa estão em curso.

    Foguete SpaceX
    Foto: SpaceX/Divulgação

    Outras cargas

    A 21ª missão de reabastecimento de carga da SpaceX é a primeira em uma versão atualizada da nave espacial da empresa, a Dragon, projetada para transportar mais cargas úteis científicas para a estação espacial. A Dragon, que está acoplada ao foguete Falcon 9, é a única nave particular a transportar humanos ao espaço.

    A missão incluirá a entrega do Nanoracks Bishop Airlock, a primeira câmara de vácuo comercialmente operada que, uma vez instalada, irá fornecer uma variedade de recursos para a estação espacial, como hospedagem de carga útil, teste robótico e implantação de satélite.

    Ela também servirá como uma caixa de ferramentas externa para os membros da tripulação conduzindo caminhadas espaciais.

    Entre as demais mercadorias no foguete, que deverá pousar na estação por volta das 18h30 (horário de Brasília) da segunda-feira (7), estão meteoritos microbianos, tecidos cardíacos e organoides cerebrais, glóbulos brancos e soldas. Na maior parte dos experimentos, a intenção é entender qual o efeito da microgravidade em diferentes partes do corpo humano.

    Daqui a um mês, a nave deve retornar à Terra com mais de um quilo de carga de pesquisa. 

    A chegada do Cargo Dragon na estação espacial marcará a primeira vez que duas espaçonaves Dragon serão acopladas ao laboratório orbital ao mesmo tempo.

    A nave Crew Dragon, chamada Resilience, que trouxe os astronautas da Crew-1, está ancorada desde sua chegada à ISS em 16 de novembro. A equipe deverá ficar na Estação por um período de 6 meses.

    *sob supervisão de André Rosa

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