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    Sondagem da FGV mostra preocupação de consumidores com inflação e desemprego

    Índice de Confiança recuou 3,1 pontos em maio, influenciado pela piora das expectativas para os próximos meses

    Queda foi provocada exclusivamente pela piora das expectativas para os próximos seis meses, que recuou 5,1 pontos
    Queda foi provocada exclusivamente pela piora das expectativas para os próximos seis meses, que recuou 5,1 pontos 10/09/2020REUTERS/Pilar Olivares

    Pedro Guimarãesda CNN*

    no Rio de Janeiro

    Apesar da melhora do cenário epidemiológico da Covid-19, a inflação e o desemprego continuam impactando negativamente as famílias, principalmente as de menor renda.

    A conclusão é da Sondagem do Consumidor, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), nesta quarta-feira (25).

    O Índice de Confiança do Consumidor, que mede o quanto o público está propenso a gastar, recuou 3,1 pontos em maio, em comparação ao mês anterior, e atingiu 75,5 pontos.

    A queda foi provocada exclusivamente pela piora das expectativas para os próximos seis meses, que recuou 5,1 pontos, enquanto o outro componente do indicador, que mede a situação atual, se manteve estável em 69,1 pontos.

    De acordo com a escala utilizada, 100 é o ponto de neutralidade, a partir do qual as variações podem ser interpretadas como tendências positivas ou negativas, dependendo do sentido.

    Segundo a coordenadora da sondagem, Viviane Bittencourt, o cenário não sinaliza uma tendência clara de recuperação.

    “Há uma preocupação com as perspectivas futuras, que serão afetadas por um ano eleitoral que promete ser bastante acirrado”, afirma a economista.

    A situação financeira familiar foi o componente que mais influenciou a baixa na confiança dos consumidores. Após três meses de alta, o número diminuiu 9,6 pontos e registrou 81,3, pior resultado desde novembro de 2021, quando fez 80 pontos.

    As famílias com renda de até R$ 2,1 mil registraram a maior intensidade de queda da confiança no mês, com variação de 9,4 pontos. Já a faixa com renda de R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil foi a única a assinalar melhora, de 1,5 ponto.

    O acompanhamento do sentimento do consumidor tem como objetivo antecipar os rumos da economia do país no curto prazo, já que observa as suas decisões de gastos e poupanças futuras.

    *Sob supervisão de Stéfano Salles