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    Soja deve ter exportação recorde em 2020/21; China pode importar 80% do total

    O número é 5,8% superior à safra anterior, de 82 milhões de toneladas. Segundo a Conab, a China tem potencial para importar 80% do volume total previsto

    Anna Russi, , do CNN Brasil Business, em Brasília

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta terça-feira (25), as projeções para as produções da safra 2020/21, que tem início de cultivo em setembro. Entre as expectativas, há previsão de novo recorde para a exportação de soja, que deve alcançar 86,7 milhões de toneladas. 

    O número é 5,8% superior à safra anterior, de 82 milhões de toneladas. Segundo a Conab, a China tem potencial para importar 80% do volume total previsto. 

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    Já na produção, a soja deve dividir, mais uma vez, o destaque com o milho. A Conab espera que os dois produtos puxem a produção brasileira de grãos, que poderá avançar 8%, alcançando 278,7 milhões de toneladas. 

    Em novo recorde, a produção do milho deve chegar a 112,9 milhões de toneladas. Com expectativa de crescimento de 7% da área de plantio, a Conab estima que a produtividade do cereal avance 3%. Já as exportações podem ter alta de 13%, totalizando 39 milhões de toneladas. 

    Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa as perspectivas para a agropecuária – Safra 2020/2021, com participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que destacou o papel do governo Bolsonaro em facilitar o crescimento da agricultura.

    “O governo tem feito o possível para ampliar os recursos financeiros, para facilitar o acesso a novos produtos, principalmente na linha de bio insumos, para diminuir entraves e para disponibilizar informações de qualidade para todo setor”, observou.  

    Beneficiados pelo preço recorde na venda dos produtos na última safra, os produtores de soja devem aumentar 3% de sua área de plantio, atingindo 37,9 milhões de hectares. “Assim, a produtividade também deve crescer 3%. Na média, o produtor pode colher 58,8 sacas por hectare nessa próxima safra”, destacou Tereza Cristina. Com isso, a Conab calcula que a colheita da oleaginosa suba para 133,5 milhões de toneladas. O valor é 7% superior aos 124,5 milhões da safra 2019/20. 

    Na avaliação da ministra, com o aumento da produção de soja e dos demais grãos, o Brasil terá o compromisso de encontrar novos mercados. “Com mais grãos saindo dos campo, precisaremos de mais mercados. E essa é uma das prioridades do Ministério da Agricultura em minha gestão, abrir mais mercados. O Brasil precisa disso, pois vemos que a a safra de grãos cresce a cada ano”, afirmou. Para ela, o avanço na produção do agronegócio brasileiro coloca o país em uma posição de grande supridor alimentar mundial. 

    Algodão, arroz e feijão 

    Diferentemente do cenário dos grãos, o cenário para a produção do algodão é negativo, com expectativa de redução de 11% na área de plantio. A colheita de pluma deve ficar em torno de 2,5 milhões de toneladas, com queda de 12% ante a safra anterior.

    “A recuperação desse mercado está diretamente ligada ao restabelecimento da demanda global pelo produto, que depende do reaquecimento da economia”, explicou a Conab.

    Apesar da expectativa de avanço de 12% na área de cultivo, a produtividade do arroz deve cair 4%, como consequência das condições climáticas da safra que se inicia. A previsão é de que a colheita atinja 12 milhões de toneladas. No entanto, o consumo do produto deve aumentar 5,1%, totalizando 10,8 milhões de toneladas. 

    Para o feijão, a Conab estima uma produção de 3 milhões de toneladas na safra 2020/21, com queda de 4% na produtividade.

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