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    Sindicalistas propõem nova regra de aumento real do salário mínimo ao governo Lula

    Representantes das centrais sindicais se reuniram com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta segunda, em Brasília

    Para este ano, o governo Lula (PT) já se comprometeu com um aumento de R$ 1.302 para R$ 1.320
    Para este ano, o governo Lula (PT) já se comprometeu com um aumento de R$ 1.302 para R$ 1.320 José Cruz/Agência Brasil

    Gabriel HirabahasiSamantha Kleinda CNN

    em Brasília

    As centrais sindicais apresentaram ao Ministério do Trabalho e Emprego uma proposta para que o salário mínimo seja reajustado acima da inflação nos próximos anos.

    Até o fim do governo Lula (PT), os sindicalistas propuseram que o mínimo fosse reajustado anualmente com a inflação do ano anterior, o resultado do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) e mais 2,4%.

    Além disso, as centrais também sugeriram uma política permanente de reajuste do salário mínimo que envolva a recomposição com base na inflação somada à variação do PIB calculada pela média dos dois anos anteriores (com um piso de aumento de 2,4%). Os sindicalistas ainda propuseram que essa política seja reavaliada a cada dez anos, de modo a avaliar sua efetividade.

    “Desse modo, garante-se que ao final do período da política, independente dos ciclos econômicos, se chegará ao valor definido, o que ocorrerá mais rapidamente com a aplicação do aumento real do PIB nos anos em que ele crescer acima dos 2,4% ao ano”, disseram as centrais em documento divulgado à imprensa nesta segunda-feira (3).

    Esse cálculo seria aplicado a partir de 2027, já após este mandato de Lula, até 2053 (ou seja, por 26 anos). Os 2,4% de piso para o aumento do salário mínimo foi calculado com base na média de crescimento do PIB desde o Plano Real, em 1994.

    De acordo com o documento, o valor real do salário mínimo na data de sua criação, em julho de 1940, atualizado para valores de dezembro de 2022, seria de R$ 2.441,38. As centrais usam esse dado como argumento para tentar garantir uma valorização real nos próximos anos.

    Representantes das centrais sindicais se reuniram com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, nesta segunda, em Brasília.

    Na saída da reunião, Marinho disse que há “um entendimento da necessidade de valorização do [salário] mínimo”.

    “Precisamos buscar uma política que não impacte no crescimento da inflação, que busque impactar aumento da renda e gerava de trabalho e seguir o mesmo padrão da política anterior”, declarou.

    Segundo o ministro, as propostas serão negociadas após a viagem que o presidente Lula (PT) e sua comitiva farão à China, na semana que vem. Até lá, Marinho disse que pretende “verificar como encaixar a proposta” apresentada pelas centrais sindicais.

    “O governo vai assimilar, digerir e discutir os números da bancada dos trabalhadores”, afirmou.

    Para este ano, o governo Lula (PT) já se comprometeu com um aumento de R$ 1.302 (como consta no Orçamento da União aprovado no ano passado) para R$ 1.320. O novo valor será oficializado em 1º de maio, quando se comemora o Dia do Trabalho.