Setor de serviços cresce 0,9% em maio, diz IBGE
Expansão vem após recuo de 1,6% em abril; em 12 meses, setor acumula alta de 6,4%
O volume de serviços prestados no país registrou expansão de 0,9% em maio, após o recuo de 1,6% no mês anterior. Quando comparado a maio do ano passado, o crescimento é de 4,7%, a 27ª taxa positiva seguida no indicador.
No acumulado do ano, houve expansão de 4,8%, enquanto em 12 meses o avanço foi de 6,4%.
Com o resultado, o setor opera 11,5% acima do patamar pré-pandemia, cujo marco refere-se a fevereiro de 2020, e 2% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro do ano passado.
Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na análise regional, houve expansão no volume de serviços em 24 unidades da Federação. Mato Grosso (22,5%), Rio de Janeiro (3,4%), Minas Gerais (2,6%), Rio Grande do Sul (2,0%) e Goiás (5,0%) exerceram as maiores influências sobre o resultado geral.
Entre as cinco atividades analisadas pela pesquisa, quatro avançaram em maio. O maior impacto sobre o índice geral veio do setor de transportes, que cresceu 2,2%, recuperando parte da perda de 4,3% registrada em abril.
Dentro da atividade, o transporte de cargas avançou 3,7%, alcançando o maior patamar de sua série histórica, iniciada em 2011. Com isso, essa categoria ficou 41,3% acima do nível registrado em fevereiro de 2020. O transporte de passageiros também se expandiu em maio (2,8%), após ter recuado 4,5% no mês anterior.
Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa, explica em nota que além do espalhamento de taxas positivas pelas atividades, o destaque na expansão dos serviços em maio foi o setor de transportes.
Tanto o transporte de cargas quanto o de passageiros avançaram no mês. Já sob a ótica do modal, os principais impactos para o resultado positivo vieram do rodoviário de cargas, do aéreo de passageiros e do aquaviário de cargas.
Há dois segmentos que impulsionaram essa última atividade: o de navegação de apoio marítimo e portuário, relacionado a serviços de apoio a plataforma de petróleo, e o transporte marítimo de cabotagem, que é ligado ao transporte de cargas dentro do país.
O pesquisador afirma, ainda, que o bom desempenho das empresas de transporte de cargas é ligado, entre outros fatores, ao momento atual do setor agrícola.
Depois de transportes, o setor que mais influenciou o resultado geral foi o de serviços prestados às famílias, que havia crescido 1,0% em abril e avançou 1,1% em maio, acumulando ganho de 2,2% no período.
Esse resultado em maio é ligado principalmente aos serviços de catering, bufê e outros serviços de comida preparada, com destaque para as empresas que fornecem alimentos preparados para outras empresas, como para aviões, presídios e restaurantes universitários, explica Lobo.
Por outro lado, a única atividade que recuou foi a de serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,0%), que sofreu retração pelo segundo mês consecutivo, acumulando perda de 1,5% no período.
“Nesse setor, houve impacto das empresas de intermediação de negócios, de atividades jurídicas e de cobranças e informações cadastrais”, aponta o pesquisador.
*Publicado por Dimalice Nunes