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    Serviços e construção civil impulsionam Caged de agosto, avaliam economistas

    Resultado de 278,6 mil vagas formais no mês é maior que o esperado pelo mercado, que estimava 268,7 mil novos empregos, conforme pesquisa da Reuters

    Carteira de trabalho
    Carteira de trabalho Foto: Tony Winston/Agência Brasília

    Fabrício Juliãodo CNN Brasil Business

    em São Paulo

    O Brasil abriu 278.639 vagas formais de trabalho em agosto, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). O número é maior que o esperado pelo mercado, que estimava 268,7 mil novos empregos no mês, conforme pesquisa da Reuters.

    No total, o período teve 2.051.800 de admissões e 1.773.161 de desligamentos. As contratações estão 9,3% acima do nível registrado em dezembro de 2021, o que reflete o sólido crescimento da atividade econômica brasileira durante 2022, segundo Rodolfo Margato, economista da XP.

    “O total de demissões também permaneceu estável entre julho e agosto, em 1,77 milhão, o maior nível desde meados de 2014. O total de demissões está cerca de 7,5% acima do nível registrado no final de 2021”, destacou o economista.

    O economista ressaltou a recuperação do mercado de trabalho ao longo dos últimos meses, apesar de salientar que condições financeiras mais apertadas e o alto endividamento das famílias pesaram sobre as vendas reais no varejo, especialmente nos segmentos sensíveis ao crédito.

    “A categoria de ‘Serviços Financeiros’, que passou de 30 mil empregos para 48 mil, foi o destaque, mais do que compensando a queda em outras categorias de serviços”, disse.

    A XP disse que acredita que o emprego formal continuará em trajetória ascendente nos próximos meses, embora em ritmo de crescimento mais moderado. O saldo de empregos formais deve chegar a 2,15 milhões em 2022, conforme as projeções.

    Mesmo com as ressalvas feitas por Rodolfo Margato, o setor de serviços registrou avanço de 141.113 novos postos em agosto. Outra categoria que merece destaque para Eduardo Vilarim, economista do Banco Original, foi a construção civil.

    “Pela ótica setorial, não podemos deixar de destacar a performance da construção civil, com saldo de 35 mil vagas (1,39% na variação relativa sem ajustes sazonais), acompanhado pelo setor de serviços, com destaque para alojamento e alimentação, educação e outros”, pontuou.

    De acordo com o economista, a partir do resultado de agosto o Original passou a projetar uma criação de 1,8 milhão de postos de trabalho em 2022, ante 1,6 na previsão anterior, estimando um desligamento de 420 mil vagas em dezembro, em linha com a média histórica.

    “Além disso, o Relatório Trimestral de Inflação divulgado hoje pelo BC chama atenção para o aumento da participação dos desligamentos voluntários sobre os desligamentos totais, hoje em aproximadamente 35%, o que sugere condições de empregabilidade mais favoráveis”, concluiu Eduardo Vilarim.