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    Se zerar PIS/Cofins da gasolina, governo tira competitividade do etanol, diz Adriano Pires

    Em entrevista à CNN, Adriano Pires, consultor na área de energia, afirma que medidas do governo podem ter uma redução no preço da gasolina em 10% e no diesel de 12% a 13%

    Artur Nicocelido CNN Brasil BusinessElis Francoda CNN

    em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (7), Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), avalia que se os impostos forem zerados, conforme proposta do governo federal divulgada na segunda-feira (6), o governo tira a competitividade do etanol. “As pessoas vão ser estimuladas a colocar gasolina [pela redução do custo].”

    Outro destaque da proposta do governo, segundo o especialista, que pode ter um efeito imediato no bolso do brasileiro, é se o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de combustíveis for zerado com compensação aos estados pela perda com arrecadação, por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).

     

    “Nas minhas contas, pode ter uma redução no preço da gasolina em 10% e no diesel de 12% a 13%, mas só se se tudo for repassado para o consumidor”.

    Contudo, Pires adverte que se o preço do petróleo continuar valorizando e o cambio desvalorizando, o custo na bomba pode subir, “mas, será menor se as medidas [do governo] forem impostas”.

    O presidente Jair Bolsonaro (PL) propôs, na segunda-feira (6), zerar os impostos federais PIS/Cofins e o Cide sobre a gasolina e o etanol. Dessa forma, o preço o primeiro combustível será reduzido em aproximadamente R$ 0,90, enquanto do segundo cairá cerca de R$ 0,24.

    Segundo Paulo Guedes, a medida, se aprovada, vai vigorar até 31 de dezembro deste ano, e o valor também estaria “cravado na PEC”, entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões.