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    Santander, Itaú e Bradesco lançam plano conjunto para preservação da Amazônia

    Plano foi apresentado ao governo federal nesta quarta-feira (22) e abarca dez medidas que devem ser implementadas ainda em 2020 pelos bancos

    Floresta amazônica: bancos se comprometeram a auxiliar no desenvolvimento sustentável da Amazônia
    Floresta amazônica: bancos se comprometeram a auxiliar no desenvolvimento sustentável da Amazônia Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    André Jankavski,

    do CNN Brasil Business, em São Paulo

    Os bancos se juntaram em prol da conservação da Amazônia. Santander, Itaú e Bradesco anunciaram um plano de ações contra o desmatamento e firmaram um acordo para contribuir efetivamente com o desenvolvimento sustentável. Foram dez medidas anunciadas e em três frentes de atuação: conservação ambiental, investimento em infraestrutura sustentável e garantia dos direitos básicos da população da região amazônica.

    O documento foi apresentado nesta quarta-feira (22) ao vice-presidente Hamilton Mourão pelos principais executivos dos três bancos. Entre as ações propagadas pelas instituições estão o estímulo às cadeias sustentáveis na região, como o cultivo de produtos como cacau, açaí e castanha, por meio de linhas de financiamento diferenciadas.

    Pelo lado do governo, além de Mourão, estiveram presentes a ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Participaram do encontro pelo lado dos bancos o presidente do Santander, Sergio Rial; o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari; e a vice-presidente do Itaú, Claudia Politanski.

    De acordo com a apuração dos analistas de política da CNN, Iuri Pitta e Thaís Arbex, os bancos pediram pela audiência, assim como a presença de todos os ministros presentes – e Montezano, do BNDES.  

    Os bancos se juntam a investidores internacionais e grandes empresas brasileiras, que têm demonstrado desconforto com o efeito da questão ambiental sobre a economia brasileira.

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    No encontro, os bancos também se comprometeram em ajudar na viabilização de investimentos em infraestrutura básica para o desenvolvimento social e ambiental na Amazônia. Assim como o fomento do mercado de ativos com lastro verde.

    Para completar, outros pontos abarcam a atração de investimento e promoção de tecnologias que impulsionem a bioeconomia e o apoio para atores e lideranças locais da região. Também há pontos que estimulam o desmatamento zero no setor de carnes e ampliar o alcance de negócios que promovam a inclusão e orientação financeira na Amazônia.

    Segundo o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junor, o objetivo dessa união entre os três bancos é de que “todos precisam assumir sua parcela de compromisso com as futuras gerações”, disse em comunicado.

    Para Sergio Rial, CEO do Santander, também em nota, é necessário “participar da construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para a Amazônia”.

    Já Candido Bracher, principal executivo do Itaú Unibanco, afirmou que como “agentes importantes do sistema financeiro”, os bancos compartilham “as mesmas preocupações a respeito do desenvolvimento socioeconômico da região e da conservação ambiental.”

    Nos próximos dias, os bancos criação um conselho de especialistas para discutir sobre as questões ambientais envolvendo a Amazônia e a criação de planos. 

    Confira, a seguir, as dez medidas divulgadas pela vice-presidência:

    – Atuar pelo desmatamenzo zero no setor de carnes
    – Estimular monoculturas sustentáveis
    – Estimular o desenvolvimento da infraestrutura de transporte da região com metas ambientais
    – Viabilizar investimentos em infraestrutura básica
    – Fomentar projetos que visem o desenlvimento econômicoe a conservação por meio de ativos como os CBIos e os créditos de carbono
    – Incorporar impactos das mudanças climáticas nas políticas de crédito e investimento de longo prazo
    – Ampliar o alcance de negócios que promovam a inclusão e orientação financeira na região
    – Articular e apoiar a implantação do sistema informatizado de registro de regularização fundiária
    – Articular a criação de um fundo para atores e lideranças locais que trabalhem em projetos de desenvolvimento socioeconômico na região
    – Atrair investimentos que promovam parcerias e o desenvolvimento de tecnologias que impulsionem a bioeconomia

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