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    Santander Brasil tem lucro em linha com estimativas no 1º tri; provisões aumentam

    Unidade local do banco espanhol Santander registrou um lucro líquido de R$ 4,005 bilhões no trimestre, 1,3% superior a igual período do ano passado

    Marca do Santander
    Marca do Santander Reuters

    Gabriel Araujoda Reuters

    O Santander Brasil reportou nesta terça-feira um lucro líquido em linha com as expectativas do mercado para o primeiro trimestre de 2022, com leve alta de 3,2% em relação aos três meses anteriores, mesmo após as provisões para perdas com empréstimos avançarem 24,9% no período.

    A unidade local do banco espanhol Santander registrou um lucro líquido de R$ 4,005 bilhões no trimestre, 1,3% superior a igual período do ano passado, frente a uma projeção média de R$ 4,026 bilhões de analistas consultados pela Refinitiv.

    O Santander Brasil disse que as provisões para créditos de liquidação duvidosa atingiram R$ 4,612 bilhões, alta de 45,9% na comparação anual.

    Alguns analistas esperavam resultados entre fracos a estáveis, com o Goldman Sachs mencionando “sinais modestos de deterioração na qualidade dos ativos” em uma prévia. Já o Bank of America destacou que os ganhos do Santander vinham crescendo abaixo dos de outros bancos privados brasileiros que negociam em múltiplos semelhantes.

    A carteira de crédito do Santander avançou 7,2% na base anual, para R$ 455,16 bilhões, superando um crescimento de 3,8% da margem financeira bruta em meio ao aumento da taxa de juros no Brasil. Ambos os indicadores tiveram recuo de cerca de 1,5% em relação ao trimestre anterior.

    “Nossa qualidade da carteira de crédito permanece em níveis controlados, apresentando a deterioração já esperada da inadimplência, dado o cenário macroeconômico e alinhado ao volume e mix da originação”, disse em nota o diretor financeiro do Santander Brasil, Angel Santodomingo.

    O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) do banco, um indicador de rentabilidade, atingiu 20,7%, alta de 0,6 ponto percentual frente aos três meses anteriores.

    Com inadimplência em alta, banco defende cautela

    O Santander Brasil está confiante na estratégia que adotou no final do ano passado de expandir a carteira de crédito de forma cautelosa, enquanto amplia provisões para perdas esperadas com inadimplência, disseram executivos do banco nesta terça-feira.

    “Foi um movimento calculado”, disse a jornalistas o presidente-executivo do banco, Mario Leão, que comandou pela primeira vez a apresentação pública de resultados do banco após ter assumido o cargo em janeiro.

    A unidade local do banco espanhol no Brasil teve lucro líquido de 4,005 bilhões de reais de janeiro a março, 1,3% a mais do que um ano antes, praticamente em linha com as projeções de analistas consultados pela Refinitiv.

    Porém, analistas frisaram que os resultados centrais do banco no período vieram fracos, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo de 2,1% para 2,9% na comparação anual. As provisões para perdas esperadas com calotes deram um salto de 45,9% ano a ano, para 4,6 bilhões de reais.

    A melhora na última linha do resultado deveu-se em parte ao menor volume de impostos pagos.

    A carteira de crédito do banco avançou 7,2% ano a ano na base anual, mas encolheu em comparação ao quarto trimestre de 2021.

    “Não vamos ter um crescimento acelerado da nossa carteira de crédito em 2022”, disse Leão.

    Segundo o diretor financeiro do Santander Brasil, Angel Santodomingo, o banco manterá a política de controle de despesas, enquanto busca ampliação das receitas com clientes na tentativa de defender seu retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE), que atingiu 20,7%, alta de 0,6 ponto percentual frente aos três meses anteriores.

     

    (Por Aluisio Alves; edição de André Romani)