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    Salvador de empregos, BEM permitiu suspensão de 8 milhões de contratos

    O número equivale a 43% dos acordos entre empregados e empregadores realizados em 2020 como forma de preservar emprego e renda de brasileiros

    Carteira de Trabalho e Previdência Social
    Carteira de Trabalho e Previdência Social Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

    Anna Russi,  do CNN Brasil Business, em Brasília

     

    Queridinho do ministro da Economia, Paulo Guedes, o programa de manutenção de empregos, que permite a redução de jornada e salários e/ou suspensão de contratos, foi responsável pela interrupção de 8.765.794 de contratos. O número equivale a 43% dos acordos entre empregados e empregadores realizados em 2020 como forma de preservar emprego e renda de brasileiros. 

    As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registrou também a criação de mais de 142 mil vagas de trabalho formal no ano passado. Após o resultado, que sinaliza um mercado de trabalho recuperado, o BEM foi mais uma vez elogiado por Guedes. 

     

    “O programa de preservação de empregos (BEM), que está sendo premiado internacionalmente, preservou 11 milhões de empregos”, disse o ministro. 

    O número comemorado por ele diz respeito aos acordos realizados para redução de jornada e, proporcionalmente, salário. Desse total, 4,4 milhões foram reduções de 70%. As reduções de 50% e 20% foram responsáveis por 3,8 milhões e 2,9 milhões, respectivamente. 

    Como o fim de todas as medidas emergenciais de combate à pandemia foi em 31 de dezembro, o programa não está mais em vigor para novos acordos. 

    No entanto, o governo estuda recriar o programa. A versão do BEM de 2021, segundo a própria secretaria Especial de Previdência e Trabalho, deve ser em novos moldes. 

    Falha no RJ 

    Apesar de ter sido usado como explicação para o saldo positivo do Brasil em um ano de pandemia e crise econômica, o BEM não parece ter funcionado no estado do Rio de Janeiro. 

    Mesmo sendo a segunda unidade da federação com maior número de acordos celebrados dentro do programa, o Rio de Janeiro ainda registrou perda de 127.155 postos de trabalho formal no ano passado. Ou seja, os mais de 2 milhões de acordos para redução de jornada e salário não foram suficientes para poupar o mercado de trabalho fluminense. 

    Segundo o secretário do Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Dalcolmo, o resultado negativo no estado é consequência da dinâmica política local, junto à dinâmica econômica “muito calcada em Comércio e Serviços”, e ambas associadas à crise na atividade naval e petrolífera que, anteriormente, teria sido estimulada artificialmente.

    “Assim, um choque de realidade que precisou acontecer prejudica não apenas a cidade do Rio de Janeiro como cidades costeiras do norte do estado”, completou.