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    Saldo de crédito ampliado sobe 0,6% em agosto e chega a R$ 14,3 trilhões, diz BC

    Valor corresponde a 152,8% do PIB; crescimento foi puxado por empréstimos às famílias

    De acordo com o BC, elevação ocorreu principalmente nos empréstimos do setor financeiro para o mercado doméstico, que registrou alta de 1,6%
    De acordo com o BC, elevação ocorreu principalmente nos empréstimos do setor financeiro para o mercado doméstico, que registrou alta de 1,6% 02/09/2020REUTERS/Adriano Machado

    Elis Barretoda CNN em Brasília

    O saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro chegou a R$ 14,3 trilhões em agosto, registrando um crescimento de 0,6% em relação ao mês anterior. O valor registrado no mês representa 152,8% do PIB do país.

    De acordo com o Banco Central (BC), a elevação ocorreu principalmente nos empréstimos do setor financeiro para o mercado doméstico, que registrou uma alta de 1,6%.

    Na comparação interanual, o crédito ampliado cresceu 10,4%, com relevância para os crescimentos na carteira de títulos de dívida (10,5%) e na carteira de empréstimos do SFN (16,8%).

    A alta do crédito ampliado às famílias alcançou R$ 3,3 trilhões, equivalente a 34,9% do PIB, em agosto. O crescimento nesse tipo de modalidade reforça a alta registrada no saldo de crédito.

    O crédito às famílias teve ainda um aumento de 2% nem agosto, e acumula uma alta de 19,5% em doze meses, em decorrência do comportamento nos empréstimos do setor financeiro.

    Os números são da Nota Monetária de Crédito, divulgada pelo Banco Central nesta quarta-feira (28).

    Os dados de junho seriam divulgados originalmente no fim do mês seguinte, mas as divulgações seguem atrasadas, quase dois meses do fim da greve de servidores do Banco Central.

    A taxa média de juros registrou uma queda de 0,7% no mês. Segundo o Banco Central, a taxa média registrada em agosto foi de 28,7%, enquanto no mês anterior a média foi de 29,4%.

    Entretanto, o aumento nos empréstimos domésticos ocorre quando a taxa de juros livres — aquelas acordadas livremente entre bancos e tomadores — cresceu 0,2% e chegou a 40,6% em agosto.

    A inadimplência no segmento de recursos livres, que considera os atrasos superiores a 90 dias, ficou estável em 3,8% em agosto, mesmo valor de julho.

    O indicador começou o ano em 3,4%, subiu a 3,5% em março e a 3,7% em maio.

    As maiores variações quanto à inadimplência ocorreu na modalidade de cheque especial, com alta de 0,8% em agosto, chegando a 12,4%, e de empréstimo consignado a servidores do setor privado, que também registrou alta de 0,8%, atingindo a marca de 5,2%.

    Alta no juros de cartão de crédito

    Os juros rotativos de cartão de crédito apresentaram um crescimento de 3,5% no mês, chegando a 398,4% ao ano.

    A modalidade de juros parcelados também apresentou alta, e chegou a casa dos 185,9% ao ano, com variação positiva de 4,2% somente no mês de agosto.

    Na contramão dos juros de cartão de crédito, as taxas para empréstimo pessoal não consignado registraram uma queda de 1,1% em agosto.

    Dessa forma, os juros para a modalidade agora estão registrados em 85,4% ao ano.