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    Saiba quem é Pedro Guimarães, que pediu demissão da presidência da Caixa Econômica Federal

    Economista assumiu a presidência da instituição financeira estatal em 2019 após indicação do presidente Jair Bolsonaro

    João Pedro Malardo CNN Brasil Business em São Paulo

    Ex-presidente da Caixa Econômica Federal desde 2019, Pedro Guimarães passou a ser investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) após denúncias de assédio sexual por funcionárias da instituição financeira. Guimarães pediu demissão nesta quarta-feira (29).

    Antes de chegar à presidência da Caixa, Guimarães foi sócio sênior de dois bancos, o BTG Pactual, entre 2005 e 2010, e o Banco Plural, entre 2011 e 2018. Desde 2019, se tornou presidente dos conselhos administrativos da Caixa Seguridade e da ELO, e além da presidência, ocupa uma vaga no conselho administrativo da Caixa.

    Guimarães é bacharel em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde se formou em 1992. Ele possui mestrados em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e pela University of Rochester. Na instituição norte-americana, também obteve seu doutorado em economia.

    O economista possui ainda especialização em Negociação e Estratégias para Tomada de Decisão pela University of Chicago, em Microeconomia e Finanças Corporativas pela London School of Economics e em Economia Dinâmica, Microeconomia, Economia Matemática e Estatística e Probabilidade pelo IMPA-RJ.

    Ele assumiu a presidência da Caixa Econômica Federal em 3 de janeiro de 2019, indicado para o cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A instituição oferece uma série de serviços, incluindo bancários, e é responsável pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e pelos pagamentos do Auxílio Brasil e outros programas de auxílio financeiro, como o implementado durante a pandemia.

    No site da Caixa, Guimarães é descrito como uma pessoa com “20 anos de experiência no mercado financeiro, tendo coordenado diversas operações no âmbito de mercado de capitais, incluindo ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), ofertas públicas subsequentes (FOs), emissões de dívidas, assessoria em fusões e aquisições (M&As) e reestruturações de empresas”.

    O ex-presidente da Caixa é considerado um dos auxiliares mais próximos de chefe do Executivo. Frequentemente participa de eventos públicos ao lado dele e de transmissões ao vivo nas redes sociais do mandatário.

    Em dezembro de 2021, o presidente da Caixa chegou a ser citado como um possível candidato a vice-presidente na chapa para reeleição de Bolsonaro, segundo o analista da CNN Gustavo Uribe.

    O movimento faria parte de um esforço para recuperar apoio no segmento empresarial. Recentemente, porém, o nome do general Walter Braga Netto foi sinalizado por Bolsonaro como seu companheiro de chapa.

    As denúncias contra Pedro Guimarães foram reveladas pelo portal “Metrópoles”, e a investigação do MPF foi confirmada pela CNN.

    Em nota ao portal, a Caixa informou que “não tem conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo”. À CNN, aliados do presidente Bolsonaro já haviam indicado que Guimarães seria demitido nesta quarta-feira.

    A exoneração célere é para tentar evitar uma contaminação da campanha à reeleição de Bolsonaro.

    Com informações de Thais Arbex, Gustavo Uribe e Vianey Bentes, da CNN