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    Sachsida pode “trazer luz” sobre combustíveis, diz Márcio Weber

    Presidente do Conselho de Administração da Petrobras recebeu bem discurso do novo ministro sobre desestatização

    Márcio Weber defendeu ainda que a Política de Paridade de Importação, que equipara o valor do combustível ao do mercado internacional, é extremamente necessária
    Márcio Weber defendeu ainda que a Política de Paridade de Importação, que equipara o valor do combustível ao do mercado internacional, é extremamente necessária Fernando Frazão/Agência Brasil

    Paula Martinida CNN

    no Rio de Janeiro

    O  presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber, viu com bons olhos o primeiro discurso de  Adolfo Sachsida à frente do Ministério de Minas e Energia. O executivo, nomeado para o conselho em abril, é favorável à proposta de desestatização da companhia.

    Na avaliação de Weber, seria uma forma de diluir os riscos do acionista controlador em meio a instabilidades políticas. “Sair fora de risco político para empresa é algo extremamente positivo”, disse, ressaltando que a mudança não acontece da noite para o dia por causa da legislação.

    Apesar de ter sido indicado pelo ex- ministro Bento Albuquerque, Weber afirmou que a chegada de Sachsida pode “trazer alguma luz” sobre como “contornar, suavizar ou controlar” a questão do preço dos combustíveis. Nos últimos dias, a Petrobras foi alvo de críticas do presidente Jair Bolsonaro, que comparou o lucro líquido da companhia a um estupro.

    O conselheiro negou que o aumento do diesel, anunciado na última segunda-feira, tenha sido uma resposta aos ataques a Bolsonaro. Ele também  defendeu que a Política de Paridade de Importação, que equipara o valor do combustível ao do mercado internacional, é extremamente necessária.

    “A empresa é absolutamente preocupada e sensível ao que se passa no país. Não acredito que a Petrobras deixará de seguir a PPI, mas existem maneiras de beneficiar determinados segmentos e contribuir de alguma forma”, disse à CNN.

    Com a exoneração de Bento Albuquerque, o futuro do colegiado eleito em abril é incerto. Weber, disse não esperar mudanças, apesar de não ter recebido informações sobre o destino dele e do presidente José Mauro Ferreira, que viajou para Brasília para se encontrar com Adolfo Sachsida nesta quinta-feira (12).

    “Esse governo tem pouco tempo, estamos em pleno ano eleitoral e seria mais um desgaste”, avaliou sobre uma eventual substituição. A estatal não tem previsão de reuniões extraordinárias para tratar do assunto.