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    Roubo de cargas voltou a crescer no Brasil em 2021, diz associação

    Foi a primeira alta desde 2017 e, no total, o prejuízo financeiro chega a R$ 1,27 bilhão

    Daniela Mallmannda CNN , em Belo Horizonte

    Um levantamento da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística) aponta que os roubos de carga tiveram aumento de 1,7% no país em 2021. Foi a primeira alta desde 2017 e, no total, o prejuízo financeiro chega a R$ 1,27 bilhão.

    De acordo com a Associação, o número total de registros passou de 14.150, em 2020, para 14.400, no ano passado.

    A região com o maior número de ocorrências foi a Sudeste, com 82% dos casos. Em seguida aparece a região Sul com 6,82%, seguida do Nordeste 5,44%, do Centro-Oeste 3,66%e do Norte 1,42%.

    Segundo o presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “desde 2017, quando registramos a maior quantidade de roubos nos últimos anos, os dados começaram a cair ano após ano. Mesmo assim, sempre deixamos claro à sociedade como um todo que o problema ainda impacta bastante os custos das transportadoras, afinal ainda há milhares de ocorrências acontecendo. Por isso, trabalhamos em conjunto com as autoridades de segurança pública e o governo federal para diminuir ano a ano esses números”.

    As mercadorias mais visadas pelas quadrilhas e pelos grupos criminosos são alimentos, combustíveis, produtos farmacêuticos, autopeças, materiais do setor de têxteis e de confecção, cigarros, eletroeletrônicos, bebidas e defensivos agrícolas, de acordo com a pesquisa.

    A Associação destaca que, em 2016, foi aprovada a Lei Complementar nº 121/06, que estabeleceu o Sistema Nacional para o combate ao roubo e ao furto de cargas.

    “Levamos 25 anos, desde a primeira redação do texto, em 1997, para consegui-la. Graças a ela, temos bem mais recursos humanos e tecnológicos à nossa disposição para coletar dados, identificar as razões por trás das ocorrências e propor soluções integradas ao Poder Executivo e às polícias nacionais e estaduais. Dessa forma, apesar de termos muito trabalho a fazer, estamos em uma situação privilegiada na história para lidar com esse desafio”, disse o vice-presidente de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira.

    Para Mira, o aumento de roubos se deve, em boa parte, devido ao retorno da atividade econômica, prejudicada por conta da pandemia. “A volta das atividades inevitavelmente aumentaria o fluxo de mercadorias nas rodovias e, por consequência, dos roubos e dos furtos de carga. Sobretudo com a inflação elevada, por causa de fatores internos e externos, certos produtos ficaram muito valiosos e atrativos para os grupos organizados”, avalia.

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