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    Risco fiscal ainda domina atenção no mercado local, apesar de alívio no exterior

    Morning Call destaca o que há de mais importante na economia mundial e nacional nesta sexta-feira (15)

    Thais Herédiada CNN Em São Paulo

    O mercado financeiro opera nesta sexta-feira (15) com ânimo no exterior.

    Nos Estados Unidos, futuros americanos sobem puxados pelos balanços de bancos desta quinta (14), que superaram as expectativas. Goldman Sachs e Charles Schwab divulgam resultados hoje.

    Ontem também saiu os dados americanos sobre pedidos de seguro-desemprego, que pela primeira vez ficaram abaixo de 300 mil desde o começo da pandemia.

    A queda das taxas dos treasuries, títulos americanos, ajuda a impulsionar o mercado. Os juros cederam depois que dados da inflação americana e a ata do Fed sinalizaram que os juros não devem subir antes do esperado.

    Analistas destacam que o mercado pode estar começando um rali de fim de ano, mas a crise de energia e a inflação global são pontos de atenção. O petróleo, inclusive, segue subindo e chegou a quase US$ 85.

    Na Ásia, a maioria das bolsas fechou em alta. O Banco Central da China finalmente se pronunciou sobre a crise da Evergrande e disse que os riscos para o sistema financeiro são “controláveis” e não devem se espalhar.

    Os temores sobre a extensão da crise foram reforçados nas últimas semanas com o calote da Fantasia e o alerta de possível default da Sinic, outras duas grandes incorporadoras.

    Brasil

    No Brasil, crise hídrica segue no radar. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ontem que vai pedir ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para suspender a bandeira de escassez hídrica da conta de luz. Mas o próprio ministério disse que a bandeira não vai ser suficiente para bancar os custos da crise hídrica.

    Mesmo com as fortes altas lá fora ontem e o S&P fechando no maior salto desde março, o Ibovespa fechou em baixa com o risco fiscal.

    Com as eleições se aproximando, o governo vem flertando com medidas que geram aumento de gasto, entre elas a expansão do auxílio emergencial, vale-gás e reajuste do Bolsa Família.

    Seriam possíveis alternativas ao Auxílio Brasil, o Bolsa Família ampliado, que está travado porque depende da reforma do imposto de renda para ter uma fonte de receita. Analistas avaliam que os benefícios são importantes, mas as discussões têm sido apressadas.

    Falas sobre privatização da Petrobras e ICMS sobre combustíveis entram nessa mesma análise e vem adiando avanços importantes como a PEC.

    A corretora Nova Futura resume o momento dizendo que a incerteza local nos descola do globo, que avança, sem nem refletir se os problemas atuais, como a crise energética, Evergrande e tapering terão um desfecho positivo.

    Hoje é dia de vencimento de opções, o que pode fazer com que o mercado fique volátil.

    Agenda do dia

    Saiu hoje IBC-Br, prévia do Produto Interno Bruto (PIB), divulgada pelo Banco Central. O dado mostra que a economia teve uma leve queda de 0,15% em agosto.

    Saiu também o IGP-10 de outubro, prévia do IGP-M, índice que corrige o aluguel. O índice caiu 0,31%, acumulando alta de 16% neste ano.

    Nos Estados Unidos, serão divulgados dados do varejo e confiança do consumidor da universidade de Michigan.