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    Rio perde 702 mil empregos em seis anos e é o pior estado no ranking nacional

    Enquanto o Rio perdeu 18,3% dos empregos com carteira assinada entre 2014 e 2020, São Paulo, que tem economia três vezes maior, perdeu 4,3% das ocupações

    Foto: Ricardo Moraes/Reuters

    Leandro Resendeda CNN

    Entre 2014 e 2020, o Rio de Janeiro perdeu 702.148 empregos com carteira assinada. É o estado que mais perdeu empregos formais em números absolutos neste período, de acordo com um estudo preparado pela Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Rio com informações do Caged.

    Os números dão a dimensão do impacto da crise econômica para os fluminenses. Enquanto o Rio perdeu 18,3% dos empregos com carteira assinada no período, São Paulo, que tem economia três vezes maior, perdeu 4,3% das ocupações formais.

     

    Na ponta do lápis, o Rio respondeu por 44% dos 1,5 milhão de postos de trabalho perdidos no país nos últimos seis anos. Isso é mais do que a soma das perdas nas regiões Norte, Nordeste e Sul.

    “Temos no Rio um problema de longo curso, mas que se agrava a partir de 2015”, explicou Mauro Osório, economista e diretor da Assessoria Fiscal da Alerj. 

     

    Assolado por uma crise política severa, que prendeu cinco governadores e afastou um do cargo, o Rio vive uma “tempestade perfeita”.

    “Desde a transferência da capital para Brasília, o Rio é o estado que menos cresce. É um estado que depende muito do petróleo e que foi bastante impactado pela Operação Lava Jato, que atingiu as empreiteiras em cheio”, enumera Osório. 

    Apesar do cenário difícil, existe solução. Segundo o especialista, é necessário adotar uma visão sistêmica da economia e gerar empregos em setores que com potencial de crescimento. “O estado tem 9% da indústria farmacêutica do pais, com a Fiocruz e o Instituto Vital Brazil. Estamos vendo agora, com a pandemia, que a pesquisa em saúde pode gerar muita renda”, sugere o economista.