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    Rio negocia gestão entre as três esferas do governo de aeroportos Santos Dumont e Galeão

    Situação dos dois terminais aéreos tem sido discutida há alguns meses

    Movimento no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro
    Movimento no Aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio de Janeiro PAULO CARNEIRO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    da Agência Brasil

    Em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nessa segunda-feira (12), o governador do estado do Rio, Cláudio Castro, conversou sobre uma gestão compartilhada dos aeroportos Santos Dumont (doméstico) e Galeão (internacional). A administração dos dois terminais aéreos seria feita em parceria entre União, estado e prefeitura do Rio.

    Segundo nota divulgada pelo governo do estado, a proposta teria partido do ministro da Casa Civil, Rui Costa. “O presidente gostou muito da ideia de uma gestão compartilhada para que, assim, a gente possa encontrar uma solução definitiva. Ainda será visto qual modelo de negócio será feito para se realizar essa gestão com responsabilidade”, disse Castro, por meio de nota.

    A situação dos dois aeroportos tem sido discutida há alguns meses. Governo do Rio e prefeitura criticam o fato de que o Aeroporto Santos Dumont – administrado pela União através da Infraero – aumentou muito o número de voos.

    Isso provocou um esvaziamento do Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão, administrado pela concessionária Changi, de Singapura.

    Estado e prefeitura pedem remanejamento de voos do Santos Dumont para o Galeão, já que, com menos ligações domésticas passando pelo Galeão, o aeroporto internacional não apenas tem seu tráfego de passageiros diminuído como também tem reduzida sua capacidade de funcionar como um hub (ponto de conexão aérea) para voos internacionais.

    A situação da concessão do aeroporto Tom Jobim/Galeão está sendo avaliada pelo governo federal.

    Outros assuntos

    O governador também aproveitou a reunião com o presidente para tratar da situação dos campos de petróleo de Tupi e Cernambi, na Bacia de Santos. O Rio defende a unitização dos dois campos (quando se reconhece que o reservatório que abastece os dois campos é o mesmo), o que beneficiaria o estado.

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entende que os dois campos são um só, enquanto a Petrobras defende que sejam reconhecidos como dois campos separados.

    Na disputa, segundo o governo do Rio, haveria R$ 4 bilhões em depósitos judiciais feitos pela Petrobras, os quais o estado gostaria de receber.

    “Em outras épocas da história o governo federal já havia liberado esse recurso e eu pedi que novamente fosse liberado. O presidente falou que vai avaliar se há condição de fazer essa liberação e demonstrou boa vontade”, disse Castro, na nota divulgada pelo governo do estado.

    O governador também propôs a estadualização do Hospital Federal da Lagoa, a fim de que possa transformá-lo em um grande centro de tratamento oncológico para desafogar o Instituto Nacional de Câncer (Inca).