Revisão cadastral do Bolsa Família pode gerar economia de R$ 7 bilhões, diz Tebet
Em conversa com parlamentares, ministra ressaltou ainda que novo marco fiscal não tem o objetivo de cortar gastos
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quarta-feira (26) que a revisão que está sendo promovida no cadastro do Bolsa Família pode gerar uma economia de R$ 7 bilhões aos cofres públicos.
“Estamos revendo o Cadastro Único não para fazer uma economia, mas para ver quem está no cadastro que não tem direito. Especialmente homens solteiros que estão trabalhando, que muitas vezes vão para a informalidade para poder ganhar os R$ 600. Podemos ter uma economia de até, já chegamos em um número significativo, R$ 7 bilhões”, afirmou Tebet.
Desde março o governo federal tem promovido uma revisão cadastral do Bolsa Família. Segundo o ministério do Desenvolvimento Social, somente em março, foram excluídos 1,4 milhão de beneficiários do programa.
A revisão é focada nas chamadas famílias unipessoais, onde o cidadão declara que mora sozinho. O governo, então, cruza os dados do CadUnico com outros programas do governo, para verificar se as informações prestadas são verdadeiras.
Ainda na conversa com parlamentares da FPE (Frente Parlamentar do Empreendedorismo), a ministra falou sobre o novo marco fiscal. Para Tebet, o projeto da nova regra fiscal não tem como objetivo principal o controle de gastos.
“O corte vem com uma série de medidas que precisam ser apresentadas pelo governo. É o princípio, é uma bala de bronze. Vai ter como consequência o corte de gastos, mas o objetivo do arcabouço vem para reequilibrar nossas contas públicas e adequar um compromisso social com a responsabilidade fiscal.”, destacou Tebet.
A ministra ressaltou ainda que tem divergências com equipe econômica, mas afirmou que “essa diferença tem dado certo”, e que o arcabouço foi feito a quatro mãos.