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    Reunião do CMN após críticas de Lula a juros foi rápida e “tranquila”, segundo participante

    Entre os participantes estavam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet

    Rudá MoreiraElis Barretoda CNN

    em Brasília

    Durou menos de meia hora a primeira reunião oficial entre o presidente do Banco Central do Brasil (BCB), Roberto Campos Neto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, para tratar de política monetária e juros.

    A reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), nesta quinta-feira (16), começou às 15h18 e terminou às 15h46. Durou 28 minutos. Já o almoço que ocorreu um pouco antes, entre Campos Neto, Haddad e Tebet, durou pouco mais de 2 horas. Começou às 13h e acabou com o início do CMN.

    A reunião foi ampliada. De acordo com a apuração da CNN, participaram cerca de 20 pessoas ao todo, incluindo alguns nomes do segundo escalão da Fazenda, além dos integrantes do CMN – o ministro da Fazenda, a ministra do Planejamento, e o presidente do Banco Central.

    Uma dessas pessoas que participaram como convidados relatou à CNN que a reunião foi “tranquila”, após a longa conversa de mais de duas horas reservada entre os três integrantes oficiais do CMN, no almoço que precedeu o encontro o ampliado.

    A CNN apurou que não há previsão de entrevista dos ministros do governo, apenas a manifestação oficial do CMN e uma coletiva com técnicos do BCB. Ambas, após o fechamento do mercado. Na coletiva, os técnicos do Banco Central vão explicar os votos da instituição no Conselho.

    A reunião do CMN e o almoço aconteceram na sede do Ministério da Fazenda, em Brasília, após críticas governistas ao patamar elevado da taxa Selic, que atualmente está em 13,75% ao ano.

    O CMN é o órgão do governo responsável por formular a política da moeda e do crédito, como as metas da inflação do país. Na composição do Conselho, estão o ministro da Fazenda, a ministra do Planejamento, e o presidente do Banco Central.

    Haddad afirmou, nesta quarta-feira (15), ao chegar em um jantar com grandes nomes do empresariado brasileiro, promovido pelo Grupo Esfera Brasil, que está tomando medidas para “permitir uma redução da taxa de juros”.

    “É muito importante os empresários terem feito chegar ao Congresso a sua concordância com as medidas fiscais que estamos tomando para melhorar as contas públicas e permitir uma redução da taxa de juros e o Brasil voltar a crescer”, disse o ministro da Fazenda, ao agradecer o apoio do empresariado.

    Os comentários de tom crítico por parte de integrantes do governo Lula reacenderam discussões sobre alterações da meta de inflação e até mesmo sobre a autonomia do BCB. Campos Neto, entretanto, classificou o debate em torno da meta como “legítimo”.