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    Resultados fracos de big techs impulsionam queda em mercados nesta quinta

    Ações do Facebook e do Spotify caíram consideravelmente nas negociações de ontem; aumento da Taxa Selic influencia mercado brasileiro

    Priscila Yazbekda CNN

    Em São Paulo

    Os mercados globais reagem nesta quinta-feira (3) aos balanços financeiros fracos de big techs nos Estados Unidos. No cenário doméstico, investidores digerem comunicado do Banco Central sobre intenção de reduzir o ritmo na alta dos juros.

    Começando pelo exterior, índices futuros americanos caíam nesta manhã com resultados fracos da Meta e de outras empresas de tecnologia. A dona do Facebook divulgou lucro por ação e margem abaixo do esperado, e as ações desabaram 20% nas negociações pós-pregão. As ações do Spotify caíram 15%, com balanço indicando desaceleração no número de assinantes.

    Na Europa, índices também operavam em baixa, refletindo o cenário em Nova York, e com cautela sobre a decisão de juros do Banco Central europeu (BCE). A expectativa é que o BCE enfatize que juros não vão subir este ano, mas ajuste a narrativa, reconhecendo que a inflação é mais persistente do que o projetado, o que pode sinalizar uma saída mais rápida dos estímulos.

    O Banco Central da Inglaterra acabou de anunciar a decisão sobre os juros. Com era esperado, elevou a taxa em 0,25, para 0,5%.

    Na Ásia, bolsas fecharam no negativo, puxadas pelo exterior. A China segue com mercado fechado, devido ao feriado de ano novo.

    Brasil

    Vindo para o Brasil, também um cenário sem surpresas. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) elevou a Taxa Selic pela oitava vez seguida, para 10,75% ao ano. No comunicado, o BC sinalizou que deve reduzir o ritmo de alta dos juros na próxima reunião.

    Para analistas, a indicação sugere que o Banco Central deve subir a Selic em meio ponto ou um ponto percentual em março, encerrando o ciclo de altas.

    Análises ficam divididas entre participantes do mercado. Alguns esperam postura mais dura do BC sobre a inflação, e avaliam que o Banco Central diminui seu grau de liberdade ao se comprometer com altas menores dos juros. Há também os economistas que ponderam que as altas já estão levando expectativas de inflação de 2023 para a meta, e juros não estão surtindo tanto efeito nos preços, tornando a postura mais suave do BC acertada.

    Com a mudança de tom, há expectativa de alta do dólar, já que com juros menores, as taxas ficam menos atrativas.

    Na política, o governo avalia corte de 10 a 50% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o que pode gerar impacto de até R$ 30 bilhões para o governo, estados e municípios. A medida é uma forma de o governo federal pressionar governadores a reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

    Entre as empresa, o Tribunal de Contas da União identificou um erro na metodologia do processo de privatização da Eletrobras, uma subavaliação expressiva no valor da outorga paga ao governo. A falha deve atrasar a privatização.

    O Ibovespa Futuro cai 0,22%, a 112.078 pontos, com o dólar subindo 0,17%, a R$ 5,28. O S&P 500 Futuro cai 1,05%, a 4.541 pontos.

    Agenda do Dia

    Governadores se reúnem nesta quinta-feira para discutir o fundo de estabilização de preços dos combustíveis. Ás 11h30, o presidente Jair Bolsonaro se reúne com o presidente do Peru, Pedro Castillo, em Rondônia. 

    Na agenda internacional, além de decisões de juros na Europa, nos Estados Unidos saem os pedidos de seguro-desemprego e o índice de atividade (Pmis) de serviços, e segue a divulgação de balanços, com destaque para a Amazon.