Representantes dos acionistas da Petrobras votam contra mudança do Estatuto Social
Após mudança no estatuto, ações da estatal caíram 6%
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Os conselheiros que representam os acionistas privados da Petrobras votaram contra as mudanças no Estatuto Social da estatal, anunciadas na segunda-feira (23).
Segundo fontes próximas do assunto, tem sido uma luta diária convencer os representantes dos acionistas do mercado de capitais a desistirem dos altos ganhos praticados pela gestão anterior.
“Estão mimados com os ganhos estratosféricos que receberam nos últimos anos”, disse uma fonte, pedindo anonimato.
Segundo as fontes, durante a reunião do Conselho de Administração que bateu o martelo sobre a mudança do estatuto, houve resistência contra a flexibilização da reserva do fluxo de caixa livre, alegando que por não ter destinação seria ilegal de ser feita.
A oposição acabou vencida com o voto da maioria dos Conselheiros favoráveis às mudanças.
A estatal divulgou na segunda-feira que vai convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para alterar seu Estatuto a fim de criar uma reserva de capital, flexibilizando a distribuição de dividendos; e suspender a vedação para indicações de administradores.
Segundo entrevista exclusiva concedida ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na segunda-feira pelo diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Mario Spinelli, a AGE deve ser realizada entre o final de novembro e início de dezembro.
Ele afirmou que a intenção da empresa é deixar o Estatuto atualizado em relação à Lei das Estatais e que não haverá redução de exigências na contratação de administradores.
“A alteração vai trazer o estatuto para a atualização, qualquer que seja a decisão do Judiciário (sobre a Lei das Estatais)”, disse o diretor, referindo-se à discussão no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre exigências legais para nomeação de administradores.