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    Renúncia fiscal total com IOF soma R$ 19,1 bilhões no acumulado até 2029

    Decreto assinado nesta terça-feira (15) pelo presidente Jair Bolsonaro prevê o fim da incidência do Imposto sobre Operações Financeiras como parte do processo de adesão do Brasil ao Código de Liberalização de Capitais da OCDE

    IOF sobre empréstimos realizados no exterior cairá de 6% para zero de imediato
    IOF sobre empréstimos realizados no exterior cairá de 6% para zero de imediato Eduardo Soares/Unsplash

    Eduardo Rodrigues, Lorenna Rodrigues e Antonio Temóteo, do Estadão Conteúdo

    O Ministério da Economia confirmou nesta terça-feira (15), que a renúncia fiscal total da redução gradual da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de câmbio chega a R$ 19,1 bilhões no acumulado até 2029.

    Decreto assinado nesta terça pelo presidente Jair Bolsonaro prevê o fim da incidência do imposto até 2029, como parte do processo de adesão do Brasil ao Código de Liberalização de Capitais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

    Com a redução gradual das alíquotas, a perda de receitas é estimada em R$ 500 milhões em 2023, R$ 900 milhões em 2024, R$ 1,4 bilhão em 2025, R$ 1,9 bilhão em 2026, R$ 2,4 bilhões em 2017, R$ 4,3 bilhões em 2028 e R$ 7,7 bilhões já com todas as modalidades zeradas a partir de 2029.

    O secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais da pasta, Erivaldo Alfredo Gomes, ponderou que esse cálculo de renúncia fiscal é “estático”, baseado na arrecadação do ano passado. “Com certeza o efeito positivo da redução do tributo irá trazer ganhos maiores que isso para a economia ao longo do tempo”, avaliou.

    Exterior

    O IOF sobre empréstimos realizados no exterior cairá de 6% para zero de imediato. Já as alíquotas sobre o uso de cartão de crédito no exterior terão uma transição mais suave, passando dos atuais 6,38% para 5,38% em 2023, 4,38% em 2024, 3,38% em 2025, 2,38% em 2026 e 1,38% em 2027. A cobrança do IOF sobre cartões fora do País será zerada apenas em 2028.

    Da mesma forma, a cobrança do IOF na aquisição de moeda estrangeira em espécie só será reduzida dos atuais 1,10% para zero em 2028. Para as demais operações, o IOF cairá dos atuais 0,38% para zero apenas em 2029.

    De acordo com a pasta, a renúncia fiscal total com a redução do IOF sobre câmbio a zero será de R$ 7,7 bilhões até 2019. “Mesmo com alíquota reduzida a zero, Brasil ainda poderá usar o IOF para reduzir instabilidades financeiras”, destacou o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Pedro Calhman.