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    Relator da reforma tributária diz que texto será votado no plenário até o fim de outubro

    Comissão de Constituição e Justiça aprovou plano de trabalho do senador Eduardo Braga com oito audiências públicas

    Os 27 governadores também serão convidados para uma sessão no plenário do Senado para que façam as contribuições e tirem dúvidas sobre o relatório de Braga antes da votação
    Os 27 governadores também serão convidados para uma sessão no plenário do Senado para que façam as contribuições e tirem dúvidas sobre o relatório de Braga antes da votação 11/02/2021REUTERS/Adriano Machado

    Marcos Amorozoda CNN

    Brasília

    O senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da reforma tributária, afirmou que quer apresentar o relatório até em setembro e votar a pauta no plenário do Senado até o final de outubro, mas evitou definir uma data.

    Braga apresentou o plano de trabalho na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa nesta quarta-feira (16) prevendo a votação em 4 de outubro, mas alterações propostas durante a reunião mexeram no cronograma inicial.

    “Já aumentamos o número de audiências de sete para oito para realizarmos uma [audiência] sobre o Conselho Federativo. A partir da próxima semana começamos as audiências públicas para cumprir o calendário para que no mês de outubro tenhamos um relatório aprovado na CCJ e no plenário do Senado”, disse o relator.

    “Sabemos que vamos ter algumas situações que vão fazer com que escorregue uma semana ou alguns dias, mas a intenção é cumprir o prazo do mês de outubro”, reforçou.

    Braga disse que o plano de trabalho apresentado é enxuto e já previa flexibilizações nas datas justamente para poder receber as contribuições dos senadores e senadoras. A principal mudança foi a adição de uma audiência pública para debater o Conselho Federativo.

    “Acredito que o Conselho Federativo sofrerá modificações, mas ser suprimido seria uma questão delicada porque a metodologia do sistema único de arrecadação exige um órgão para poder fazer as compensações tributárias. E o órgão seria o Conselho Federativo. Isso será debatido de forma bastante democrática com os senadores e com toda a sociedade”, afirmou Braga.

    Outra sugestão acatada foi a alteração das datas de algumas audiências que coincidiam com reuniões da CCJ.

    No plano de trabalho, o senador estabelece ainda outras sete audiências para discutir a proposta, desde um diagnóstico do quadro tributário até a participação de representantes dos segmentos afetados pela mudança. Braga prevê debates com os setores do agronegócio, da indústria e do serviço.

    Os 27 governadores também serão convidados para uma sessão no plenário do Senado para que façam as contribuições e tirem dúvidas sobre o relatório de Braga antes da votação. A data desta audiência será definida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também acredita que a votação da PEC fiquei para outubro.

    Por se tratar de uma emenda constitucional, o texto precisa ser votado no plenário em dois turnos. Como a previsão é de que a Reforma Tributária passe por mudanças, a proposta precisará voltar para a Câmara dos Deputados.

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