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    Reino Unido fecha maior acordo comercial desde o Brexit

    Adesão a bloco transpacífico permite exportações livre de tarifas para 11 países

    Michael RiosMichelle Tohda CNN

    em Atlanta e Hong Kong

    A Grã-Bretanha chegou a um acordo para ingressar em uma importante parceria transpacífica, chamando-a de seu maior acordo comercial desde o Brexit.

    O país se tornará o primeiro novo membro, e o primeiro na Europa, a aderir ao Acordo Abrangente e Progressivo para a Parceria Transpacífica (CPTPP) desde que entrou em vigor em 2018.

    O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, anunciou a medida em 31 de março, saudando-a como uma medida histórica que pode ajudar a elevar o crescimento econômico do país em 1,8 bilhão de libras (US$ 2,2 bilhões) a longo prazo.

    “O bloco abriga mais de 500 milhões de pessoas e valerá 15% do PIB global quando o Reino Unido ingressar”, disse o gabinete de Sunak.

    O CPTPP é um acordo de livre comércio com 11 membros: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Peru, Nova Zelândia, Singapura e Vietnã. Ele sucedeu a Parceria Transpacífica depois que os Estados Unidos se retiraram sob o comando do ex-presidente Donald Trump em 2017.

    O acordo do Reino Unido ocorre quase dois anos após o início das negociações para aderir ao pacto.

    Como membro, mais de 99% das exportações do Reino Unido para esses 11 países agora serão elegíveis para comércio livre de tarifas. Isso inclui as principais exportações, como queijo, carros, chocolate, maquinário, gim e uísque.

    No ano até setembro de 2022, o Reino Unido exportou 60,5 bilhões de libras (US$ 75 bilhões) em mercadorias para os países do CPTPP, informou o escritório de Sunak em comunicado.

    Os produtores de leite, por exemplo, enviaram 23,9 de libras milhões (US$ 29,6 milhões) em produtos como queijo e manteiga para o Canadá, Chile, Japão e México no ano passado e devem “se beneficiar de tarifas mais baixas”, acrescentou.

    O acordo também visa diminuir a burocracia para as empresas britânicas, que não precisarão mais estabelecer escritórios locais ou residir nos países membros do pacto para fornecer serviços lá.

    Os serviços representaram uma grande fatia — 43% — do comércio geral do Reino Unido com os membros do CPTPP no ano passado, segundo o escritório de Sunak.

    “No fundo, somos uma nação aberta e de livre comércio”, disse o primeiro-ministro no comunicado, procurando apresentar o acordo como um exemplo dos “benefícios econômicos de nossas liberdades pós-Brexit”.

    “Como parte do CPTPP, o Reino Unido está agora em uma posição privilegiada na economia global para aproveitar as oportunidades de novos empregos, crescimento e inovação”, acrescentou Sunak.

    Várias empresas expressaram seu apoio ao acordo no comunicado do governo, incluindo o banco global Standard Chartered (SCBFF) e a fabricante de destilados Pernod Ricard (PDDRF).

    A adesão ao pacto “é uma grande oportunidade para o nosso negócio de uísque escocês”, disse Anishka Jelicich, diretora de relações públicas da Pernod Ricard no Reino Unido.

    “Cinco dos nossos 20 principais mercados de exportação são membros do CPTPP. Esperamos cortes tarifários e acesso mais fácil a algumas das economias de crescimento mais rápido do mundo para aumentar as exportações e garantir empregos e investimentos no Reino Unido, com vendas dobrando em alguns mercados”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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