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    Reguladores dos EUA querem que stablecoin siga regras semelhantes às dos bancos

    Stablecoin é uma moeda virtual atrelada ao dólar e que deveria ser mais estável que as outras; mas órgãos reguladores querem mais seguranças

    Criptomoedas: ideia de stablecoin é ser mais estável que outras meodas digitais
    Criptomoedas: ideia de stablecoin é ser mais estável que outras meodas digitais Art Rachem/Unsplash

    Anneken Tappedo CNN Business

    em Nova York

    Os reguladores há muito tempo miram as criptomoedas. Agora eles têm um novo alvo: as chamadas “stablecoins”.

    O diferencial das stablecoins (“moedas estáveis”, em inglês) está no nome: seu valor deve flutuar menos do que outras moedas digitais porque elas estão atrelados a um ativo do mundo real – em muitos casos, o dólar americano.

    Mas um relatório desta segunda-feira (1) do Grupo de Trabalho do Presidente sobre Mercados Financeiros, do Gabinete do Controlador da Moeda dos Estados Unidos e da Federal Deposit Insurance Corporation (Fdic) pediu ao Congresso norte-americano que imponha regras semelhantes às dos bancos sobre a moeda digital.

    Mesmo com as semelhança da stablecoin com as moedas fiduciárias ou as commodities, os reguladores acreditam que o risco de não serem realmente estáveis, prejudicando investidores e minando a segurança financeira, ainda é muito alto, de acordo com um comunicado de imprensa do Departamento do Tesouro americano.

    Trata-se de um movimento significativo, já que os emissores e provedores de stablecoin já foram questionados por reguladores antes.

    A Tether, por exemplo, a maior emissora de stablecoins, recebeu críticas da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities, que afirmou que a empresa não garantiu totalmente suas moedas com dólares por quase quatro anos.

    Isso significa que eles não tinham dólares suficientes em mãos para pagar de volta todos os investidores que potencialmente pudessem resgatar seus ativos.

    As recomendações regulatórias incluem exigir que os emissores de moeda estável sejam segurados pelo FDIC em caso de perdas, assim como já acontece com os bancos nos Estados Unidos.

    Os emissores também deveriam ter limitações em afiliações comerciais com outras empresas, para evitar preocupações a respeito de uma concentração de riqueza e influência.

    Além disso, a legislação deveria exigir que todos os provedores estejam sujeitos à supervisão federal, bem como garantir padrões adequados de gestão de risco.

    As empresas foram rápidas em responder.  “Apoiamos totalmente a convocação para que o Congresso atue e estabeleça a supervisão bancária federal para a emissão de stablecoins”, disse Jeremy Allaire, cofundador e CEO da plataforma de pagamentos e operadora de stablecoin Circle, em um comunicado.

    “A importância estratégica disso para a competitividade do dólar na era das criptomoedas e do blockchain é essencial”, acrescentou Allaire. “Será um avanço enorme para a aceitação de stablecoins e fornece um caminho para que possam ser adotadas como infraestrutura fundamental na atividade financeira e econômica da próxima década.”

    (Este texto é uma tradução. Clique aqui para ler o original em inglês)