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    Reforma prejudica competitividade do Simples e fere mandamento Constitucional, diz CNC

    Gilberto Alvarenga, consultor tributário da Confederação, indica que o texto da reforma é "bom", mas pede modificações para atender Simples Nacional e setor de serviços

    Consultor tributário da CNC, Gilberto Alvarenga
    Consultor tributário da CNC, Gilberto Alvarenga Acervo pessoal

    Danilo Moliternoda CNN

    São Paulo

    Consultor tributário da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Gilberto Alvarenga afirmou em entrevista à CNN que o texto atual da reforma tributária prejudica a competitividade do Simples Nacional.

    Alvarenga explica que a mudança do sistema para a não-cumulatividade tira competitividade do Simples, à medida que empresas que estão fora do regime vão poder diminuir suas alíquotas de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) com créditos.

    “Se uma empresa do Simples for forçada a sair do Simples para ter competitividade, vamos estar prejudicando um mandamento Constitucional, de preservação e observância do Simples”, disse.

    A CNC defende a Emenda do Simples Nacional, que sugere a definição, por lei complementar, de que as empresas optantes por esse regime também gerem créditos tributários, para garantir sua competitividade.

    Para Alvarenga não há um movimento deliberado para prejudicar o simples, mas sim uma “não observância” do legislador. A CNC apresentou a demanda ao Congresso e, inclusive, foi atendida por emendas de senadores.

    O texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira (7), porém, não toca a questão. De acordo com o consultor tributário, a Confederação também pede “equalização” do tratamento ao setor de serviço.

    Ele explica que, por natureza, as empresas do ramo serão prejudicados pelo novo sistema. Isso porque seu principal insumo, a mão de obra, não a permitiria abater créditos — enquanto outros setores são beneficiados pela não-cumulatividade.

    Críticas a parte, Gilberto Alvarenga indica que o texto da reforma é “bom”. Reiteira, contudo, que modificações são vistas como necessárias pela Confederação.