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    Recuo do desemprego é melhor que o esperado, mas longe do ideal, diz economista

    À CNN Rádio, Juliana Inhazs avaliou que recuou de 14,1% é positivo, mas ‘momento não é para comemorar’

    Mercado projetava uma taxa de desemprego de 14,5%
    Mercado projetava uma taxa de desemprego de 14,5% REUTERS/Amanda Perobelli

    Amanda Garciada CNN

    O recuo para 14,1% no desemprego no segundo trimestre deste ano, divulgado nesta terça-feira (31) pelo IBGE é “melhor do que o esperado, mas ainda há fragilidade dentro da economia”, segundo a professora de economia do Insper Juliana Inhazs, em entrevista à CNN Rádio nesta terça-feira (31).

    “O mercado apostava perto de 14,5%, veio com uma taxa menor, mas a gente não está em um momento para comemorar, ainda temos 14,4 milhões de brasileiros desempregados, com dificuldade de se recolocar”, analisou.

    Juliana também chamou a atenção para o tipo de ocupação que aumentou neste período: “A qualidade do emprego ainda é inferior a que a maior parte das pessoas gostaria de ter, são resultados muito mais de trabalho por conta própria, sem carteira assinada, bem distante do que a gente gostaria”.

    Mesmo assim, a professora acredita que há “um pouquinho mais de otimismo” para o próximo ano, embora com cautela: “Existe um percurso um pouco melhor, ainda com muita incerteza, mas se continuar nesse caminho, uma vacinação que se acelera, pessoas que voltam às atividades, devemos ter o final do ano com taxa de desemprego um pouco mais baixa”.

    Segundo ela, é necessário “ter empresariado e consumidores mais confiantes para [o desemprego] cair com sustentabilidade. Em dezembro deveremos ter mais pessoas ocupadas, mas o ritmo de queda talvez não seja o mesmo”.

    “Acredito que no final do ano a taxa de desemprego será menor, mas não nos 12 ou 13%, que é o que a gente gostaria”, completou.