Reabertura da China estimula fluxo recorde para fundos de emergentes, diz BofA
Mudança repentina na política chinesa impulsionou muitas classes de ativos diferentes, de ações de empresas de commodities e mineração a moedas e mercados de renda variável
Investidores depositaram um recorde de US$ 12,7 bilhões em fundos de dívida e ações de mercados emergentes na semana até quarta-feira (18), em resposta ao afrouxamento das restrições contra a Covid-19 na China, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira pelo BofA Global Research.
A mudança repentina na política chinesa impulsionou muitas classes de ativos diferentes, de ações de empresas de commodities e mineração a moedas e mercados de renda variável em destinos turísticos populares.
Índice acionário de referência de Hong Kong, o Hang Seng Index fechou nesta sexta-feira (20) em uma máxima de mais de seis meses antes do feriado do Ano Novo Lunar. Ações de blue chips chinesas atingiram uma máxima de cinco meses.
As ações europeias testemunharam sua primeira entrada semanal de recursos em quase um ano. O BofA informou que houve entrada de US$ 200 milhões em fundos de ações europeus, o primeiro saldo positivo em 49 semanas.
A Europa se beneficiou tanto da reabertura da China quanto das recentes quedas nos preços do gás.
O “indicador Bull & Bear” do BofA está em 3,5, uma máxima de 10 meses impulsionada pelos fluxos de entrada nos mercados emergentes.
No entanto, o relatório também disse que os mercados ainda enfrentam várias incertezas importantes, apesar do otimismo recente, com os bancos centrais perto do fim de seus aumentos agressivos nas taxas de juros, bem como a possibilidade de um “pouso forçado” econômico e a tensão política nos Estados Unidos em torno de seu teto de dívida.