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    Quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil

    Inflação também dificulta cenário da população mais pobre

    Raquel Landimda CNN , em São Paulo

    De acordo com a FGV Social, quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, eram pouco mais de 23 milhões de indivíduos nesta situação.

    O auxílio emergencial concedido pelo governo fez esse número cair, porém o efeito foi anestésico. À medida que o benefício caía, a pobreza subia.

    Ainda que o coronavírus dê sinais de arrefecimento, o aumento do preço do gás de cozinha e dos alimentos não tem deixado dinheiro para os menos favorecidos pagarem o aluguel. Segundo o diretor do FGV Social, Marcelo Neri, a combinação de inflação e desemprego altos “tem afetado muito mais os mais pobres”.

    “No curto prazo esse é o nosso grande dilema: o cobertor que era curto ficou mais curto ainda”, afirmou à CNN.

    Pessoas em situação de rua

    Antes do coronavírus, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estimava 221 mil pessoas em situação de rua no país, sendo pouco mais de 24 mil apenas na capital paulista.

    Porém, esse número está tão subestimado que a prefeitura de São Paulo prepara um novo levantamento. A percepção do coordenador da Pastoral do Povo, Padre Júlio Lancellotti, é de que o cenário piorou muito.

    “É claro hoje, olhando a cidade de São Paulo e todas as capitais do Brasil, que a população de rua explodiu em todas as cidades”, disse à CNN.

    Segundo Lancellotti, o número também é crescente porque essas pessoas “não encontram nenhuma possibilidade de sobreviver e de proteção social”.

    Em nota, a prefeitura da capital paulista afirmou que todos os serviços voltados para pessoas em situação de rua funcionaram sem interrupção durante a pandemia.

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