Projeto político de presidente da Petrobras pode influenciar gestão
Jean Paul Prates tem base eleitoral no Rio Grande do Norte e é visto como candidato natural pelo PT para 2026
O projeto político do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pode influenciar algumas de suas primeiras medidas na estatal.
Prates tem base eleitoral no Rio Grande do Norte. Ele era suplente de Fatima Bezerra, do PT, que se elegeu governadora em 2018 e foi reeleita em 2022. No PT, é visto como candidato natural à sucessão dela, em 2026.
Em razão disso, o estado é considerado um foco importante de sua gestão na Petrobras. É lá que se concentra mais de 30% da energia eólica do país. Prates já sinalizou internamente e à própria governadora que pretende reforçar esse setor no estado, tanto no desenvolvimento dessa matriz quanto no reforço de pessoal da estatal no estado.
Mas é outro ponto que tem gerado mais polêmica nos bastidores. Ele avalia rever pontos de um contrato de venda de uma refinaria em seu estado, o Rio Grande do Norte, segundo fontes da Petrobras.
Conhecida no estado como refinaria Clara Camarão, ela foi vendida para a empresa 3R Potiguar, subsidiária da 3R Petroleum, por US$ 1,38 bilhão. Após a venda, seu nome passou a ser Ativo Industrial Guamaré. Ela integra o que no setor petrolífero se chama de “polo potiguar”, que inclui ainda campos de petróleo terrestres e um campo de petróleo marítmo.
O contrato foi assinado em fevereiro de 2022 e a empresa inclusive já pagou uma primeira parte da entrada, algo em torno de US$ 100 milhões . Se houver a decisão de eliminar a refinaria do pacote, o contrato todo precisará ser revisto.
A refinaria é de pequeno porte e produz cerca de 40 mil barris por dia. Seu valor estimado segundo fontes da Petrobras é de R$ 500 milhões.
A CNN procurou a 3R, mas ela não se manifestou. Prates também não quis se manifestar.
