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    Produtividade na indústria atinge menor nível desde início da pandemia, diz CNI

    O dado consta do estudo Produtividade na Indústria, divulgado nesta sexta-feira (3º) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)

    Indústria: de acordo com o estudo da CNI, o indicador está em queda desde o último trimestre de 2020
    Indústria: de acordo com o estudo da CNI, o indicador está em queda desde o último trimestre de 2020 REUTERS/Paulo Whitaker

    Sandra Manfrini, do Estadão Conteúdo

    A produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 1,3% no terceiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, na série livre de efeitos sazonais. O dado consta do estudo Produtividade na Indústria, divulgado nesta sexta-feira (3), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

    Medida como o volume produzido dividido pelas horas trabalhadas na produção, a produtividade retorna assim ao patamar mais baixo da série desde o início da pandemia da covid-19. Na mesma comparação entre os trimestres, o volume produzido caiu 1,9%, enquanto as horas trabalhadas tiveram recuo menor, de 0,6%.

    De acordo com o estudo da CNI, o indicador está em queda desde o último trimestre de 2020. Se comparado com o terceiro trimestre de 2020, quando foi registrada a última alta do indicador, a perda acumulada chega a 7,6%.

    “Com isso, a produtividade retorna ao patamar do segundo trimestre de 2020, momento grave da crise causada pela pandemia, logo após seu início no Brasil”, diz a entidade.

    Essas quedas consecutivas do indicador de produtividade na indústria de transformação refletem, segundo a gerente de política industrial da CNI, Samantha Cunha, o “ambiente de elevadas incertezas, prejudicial ao investimento e, consequentemente, à recuperação da produtividade”.

    “No curto prazo, pesam dificuldades como a falta de insumos e a pressão sobre os custos de produção.”

    Apesar disso, a indústria, no longo prazo, espera por uma melhora no indicador. “A expectativa é de retomada do crescimento da produtividade, puxada por oportunidades de investimentos nas novas tecnologias digitais, na implementação das redes 5G, considerada base para a digitalização, e em tecnologias verdes, que ganham importância diante da crise climática”, afirma Samantha.

    Queda acumulada

    No acumulado em quatro trimestres (até o terceiro trimestre de 2021), a produtividade do trabalho tem queda de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

    Segundo projeções da CNI, para que a queda em 2021 fosse menor que 2%, a produtividade do trabalho na indústria de transformação teria de registrar alta acima de 7% nos últimos três meses do ano.

    “O ano de 2021 será o segundo ano consecutivo de queda do indicador, que deve cair mais de 2%. A maior queda registrada pelo indicador desde 2000, início da série histórica, foi de 2,2%, em 2008, ano marcado pela crise financeira global”, destaca a entidade.