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    Problema dos combustíveis deve ser resolvido de forma coordenada, diz economista

    Para Gesner Oliveira, estados e o governo federal deveriam cooperar entre si e não partir para o confronto

    Produzido por Elis Francoda CNN Em São Paulo

    Governo Federal, estados e municípios devem procurar uma solução conjunta para a alta dos combustíveis. Essa é a avaliação do economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Gesner Oliveira em entrevista à CNN neste domingo (10).

    Mudanças em impostos estaduais, com o ICMS, não podem ser feitas de forma repentina, comentou. “A situação dos estados é tão ou mais crítica que a do governo federal. Municípios, estados e governo federal precisam pensar em uma solução. Alguns estados perdem muita arrecadação. Não pode subitamente alterar isso para solucionar o preço dos combustíveis. Tem que ser resolvido de uma forma coordenada, não afetando muito diretamente esta ou daquela esfera de governo.”

    Ele citou a alta da taxa Selic como solução para manter o controle da inflação. “Esperamos que até o fim do ano ela seja aumentada duas vezes para chegar a 8,25%. Porém isso não é suficiente para resolver todos os problemas”, comentou.

    “É importante pensar como amortecer a variação de preço dos combustíveis no mercado doméstico. Isso poderia ser feito com um fundo de estabilização, que teria de ter a cooperação dos estados e governo federal. Não acho oportuno ficar jogando a culpa, é preciso haver uma cooperação para haver um arranjo. Estamos precisando de mais cooperação e menos confrontação entre as esferas de governo”, disse Oliveira.

    Em 2022 a situação pode piorar, alertou o economista. “Infelizmente anos eleitorais são mais instáveis, e temos um mundo bastante instável. Há uma expectativa também de como vai evoluir o ano eleitoral, se vai haver ou não polarização, isso pode gerar mais instabilidade, que acaba repercutindo sobre o câmbio, o que afeta nosso bolso. O ano eleitoral pode acentuar a elevação da taxa de inflação. Isso precisa ser olhado com muito cuidado.”