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    Privatização da Petrobras em si não é bala de prata, diz Sachsida

    Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, reforçou que é a favor da privatização e que o importante para o consumidor é "gerar competição"

    Anna Russida CNN

    em Brasília

    Apesar de admitir posição favorável à privatização da Petrobras, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, afirmou que a venda da estatal não é uma “bala de prata” para melhorias na Petrobras em relação às pressões que a companhia tem sofrido nos últimos meses.

    “Sobre privatização (Petrobras): acho que a privatização em si não é bala de prata. O importante para o consumidor é gerar competição. Quando gera competição, os ganhos para o consumidor são muito grandes”, disse o ministro nesta terça-feira (28) ao ser questionado sobre o tema em audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.

    Sachsida ainda reforçou que a sua posição, em favor da privatização da Petrobras, não representa a decisão do governo.

    “A decisão, a solução de privatizar ou não uma empresa é uma decisão do presidente da República, que não tomou essa decisão, junto ao Congresso Nacional. E essa decisão não foi tomada. Não é uma decisão de um burocrata igual eu. Essa discussão ainda não começou e não há nada no Congresso sugerindo essa discussão no momento”, observou.

    Na mesma linha, ele reforçou que uma possível alteração da política de Preço de Paridade de Importação (PPI) não poderia ser feita pelo Executivo. “O MME não tem chance nenhuma de alterar o PPI. Eu, ministro de minas e energia, e o presidente Bolsonaro não temos prerrogativa legal para mudar o PPI. O PPI é uma decisão única e exclusivamente da Petrobras”.

    O ministro se posicionou ainda contrário a outras soluções citadas pelos deputados como a reestatização de refinarias e a taxação da exportação de petróleo.

    Questionado sobre ações do governo para que a redução de tributos sobre combustíveis seja sentida no bolso do consumidor de forma mais rápida, Sachsida destacou uma conversa realizada com a Agência Nacional de Petróleo (ANP) e com distribuidoras brasileiras para possibilitar o uso de uma modalidade de consignação na compra do combustível.

    Ele também comentou sobre a troca no comando da Petrobras. “Escolhi uma pessoa que teve sucesso em um mercado que eu considero o mais difícil do mundo hoje: o mercado de TI, tecnologia da informação. […] Acredito que esse pegada dele [Caio Paes de Andrade] de tecnologia da informação, de gestão, de competição, vai fazer muito bem à Petrobras”.