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    Principais economias vivem ciclo de alta de juros, enquanto Brasil discute queda

    Conforme ciclos de aperto monetário se aproximam do que se espera ser metade do caminho, bancos centrais de todo mundo ensaiam movimento de calibragem

    Tamara Nassifdo CNN Brasil BusinessThais HerédiaPriscila Yazbekda CNN , em São Paulo

    Galopante mundo afora, a inflação impacta diretamente um dos fatores mais determinantes no desempenho do mercado acionário: a taxa de juros.

    Conforme os ciclos de aperto monetário se aproximam do que se espera ser a metade do caminho, bancos centrais de todo o mundo ensaiam um movimento de calibragem sobre o nível de agressividade dos ajustes daqui para frente para domar a inflação.

    O Banco da Reserva da Austrália (RBA, na sigla em inglês), por exemplo, moderou a alta na taxa de juros na última terça-feira (4): ao invés de optar por um aumento de 50 pontos-base, como esperava boa parte dos analistas de mercado, abrandou a subida a 25 pontos-base, a 2,60%.

    A justificativa para a decisão do banco central australiano reside na estratégia de avaliar o impacto que as últimas quatro altas tiveram sobre a economia e, sobretudo, na inflação, que atingiu o patamar de 6,8% em agosto.

    O Brasil, por outro lado, já não vive mais esse cenário. Embora a taxa Selic seja a maior do mundo em termos de juros reais, a 13,75% ao ano, ela já atingiu seu pico — e, agora, a dúvida paira sobre quando é que ela começará a cair.

    / CNN

    Pela certa previsibilidade que uma taxa de juros estacionada impõe, a Bolsa de Valores brasileira tem reagido bem ao ponto de se descolar do cenário internacional — além dos resultados das eleições no primeiro turno ter influenciado no desempenho do mercado acionário nesta semana. O grande problema está lá fora, sobretudo nos Estados Unidos.

    “Como se tem uma expectativa de que a inflação esteja atingindo um pico e começa a ceder, as taxas de juros também começam a arrefecer em relação a onde pararam”, diz o especialista CNN em economia Aod Cunha, em entrevista ao CNN Money.

    “Há um certo consenso de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) deve estacionar a taxa em 4,5% e começar a ceder do meio para o final do próximo ano. Mesma coisa para a Europa. A variável chave é a trajetória da inflação, e só saberemos quando os juros vão começar a cair quando a inflação global, principalmente na Europa e nos EUA, pare de subir.”

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