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    Prévia do PIB mostra que economia começou 2º semestre mais forte, diz economista

    IBC-BR, índice "prévia do PIB", surpreendeu com alta de 1,7% em julho, quando mercado esperava 0,3%

    Do CNN Brasil Business*Produzido por CNN Brasil SP- com apoio de Ludmila Candal

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (15), a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitoria, avalia que o IBC-Br de 1,7% divulgado hoje pelo Banco Central indica que o crescimento da economia do país está maior que o esperado agora no segundo semestre.

    “De fato foi uma surpresa. E ela mostra que a economia começou mais forte agora no segundo semestre do que a expectativa que a gente tinha.”

    Rafaela Vitoria aponta para o setor de Serviços, que ajudou a puxar o índice para cima, já que vem subindo nos últimos três meses. Outro dado positivo seria o crescimento da indústria em julho, setor que está retomando com a normalização das cadeias de suprimentos, o que contribuiu também para a surpresa positiva no índice.

    Com isso, diz Rafaela, são esperadas novas revisões para o PIB do ano, reforçadas por dados prévios de agosto que também mostram um crescimento da indústria automobilística, como mostrou a Anfavea, e da indústria de papelão, que indicam uma melhora.

    “Esses dados, preliminares mostram que temos um crescimento maior. Os indicadores apontam para um crescimento [do PIB de 2022] mais próximo de 3% que de 2,5%. Então devemos ter um segundo semestre melhor que o esperado.”

    A economista lembra que neste período de 2021, a indústria enfrentou um período mais grave de falta de insumos.

    Juros

    Na próxima semana o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, se reúne para definição sobre a taxa básica de juros, a Selic, e a expectativa, afirma Rafaela Vitoria, é que se mantenha a taxa nos 13,75% que está atualmente.

    “Hoje a maioria das expectativas está nessa linha, assim como o Boletim Focus desta semana e o mercado que também apostam nessa manutenção”. Contudo, ressalta, com a economia crescendo mais forte, esse dado é um “ponto de atenção para o Banco Central”.

    Isso porque o aumento do consumo no segundo semestre pode vir acompanhado de uma persistência da inflação, afirma. “O Banco Central deve levar esse crescimento da economia em consideração, com o impacto que isso pode ter na inflação, e ponderar na sua decisão.”

    Apesar da expectativa de manutenção da Selic, não está descartada uma possível alta. “O esperado é que mantenha, mas com um comunicado de que fique nesse patamar [mais alto] por mais tempo, enquanto se monitora se a atividade mais forte vai causar inflação ou não.”

    Vitoria destaca que os dados preliminares de inflação indicam uma tendência de baixa.

    IBC-Br

    A atividade econômica do país registrou alta de 1,17% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (15) pela autoridade monetária.

    Em relação a julho do ano passado, a alta é de 3,87% e, em 12 meses, de 2,09%. A mediana das expectativas do mercado apontava para uma alta de 0,30%. Na comparação anual, a previsão era de avanço de 2,60%.

    Ao CNN Brasil Business, economistas disseram que o resultado reforça o início sólido da atividade doméstica no segundo semestre e vai à contramão da expectativa de um ritmo de desaceleração no ritmo de crescimento da economia.

    *Texto publicado por Ana Carolina Nunes

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