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    “Prévia do PIB”: IBC-Br sobe 1,17% em julho, diz Banco Central

    Resultado surpreendeu as expectativas do mercado, que esperava alta de 0,30% na comparação mensal

    Ligia Tuondo CNN Brasil Business São Paulo

    A atividade econômica do país registrou alta de 1,17% em julho na comparação com o mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta quinta-feira (15) pela autoridade monetária.

    Em relação a julho do ano passado, a alta é de 3,87% e, em 12 meses, de 2,09%.

    A mediana das expectativas do mercado apontava para uma alta de 0,30%. Na comparação anual, a previsão era de avanço de 2,60%.

    O índice é visto como uma espécie de “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto).

    O BC também revisou os cálculos para a variação do índice nos meses anteriores:

    • Junho ante maio: de +0,69% para +0,93%
    • Maio ante abril: de -0,26% para -0,27%
    • Abril ante março: de -0,52% para -0,36%
    • Março ante fevereiro: de +1,07% para +1,17%
    • Fevereiro ante janeiro: de +0,98% para +1,08%
    • Janeiro ante dezembro: de -0,59% para -0,58%

    Os números acima são do economista da Nova Futura Nicolas Borsoi, calculados com base na série histórica do IBC-Br.

    No início do mês, dados divulgados pelo IBGE trouxeram surpresa positiva para o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre, com alta de 1,2% no PIB do período, em comparação com os três primeiros meses do ano.

    O crescimento no segundo trimestre foi impactado pela alta de 1,3% nos serviços, que representam cerca de 70% do PIB. Em julho, primeiro mês do terceiro trimestre, o setor de serviços também surpreendeu positivamente, com alta de 1,1% na passagem ante o mês anterior, informou o IBGE nesta semana. Trata-se da terceira alta seguida no indicador, que acumula ganho de 2,4% de maio a julho.

    Economia revisa PIB e IPCA

    Mais cedo nesta quinta-feira, a equipe econômica do governo federal elevou a previsão oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano de 2% para 2,7%, segundo dados da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.

    Esse é o segundo aumento consecutivo do indicador. Segundo a SPE, a elevação é explicada “pelo resultado acima do projetado para a atividade do 2 trimestre de 2022 e indicadores positivos que começaram a ser divulgados para o segundo semestre deste ano”.

    Para 2023, a estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 2,5%.

    A expectativa de inflação, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), para o ano foi reduzida para 6,3%. No último boletim, a projeção de inflação em 2022 era de 7,2%. Para 2023, o patamar foi mantido em 4,5%. Os valores ainda estão acima do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

    De acordo com a Secretaria, a continuidade do crescimento da atividade ao longo deste segundo semestre é esperada.

    “As primeiras divulgações para o mês de julho sugerem que indústria, serviços e mercado de trabalho continuam crescendo. As séries de confiança confirmam as expectativas positivas para o 3T22, com expansão disseminada nos diversos setores.”, afirma o Boletim.