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    Prévia da FGV aponta queda de 1,4% da economia brasileira em janeiro

    Desaceleração ocorre na comparação com dezembro do ano passado; na análise trimestral houve alta de 1,2%

    Stéfano Sallesda CNN no Rio de Janeiro

    O Monitor do PIB, prévia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para o Produto Interno Bruto (PIB) oficial, apurado pelo IBGE, mostrou segunda-feira (21) uma estimativa de queda de 1,4% na atividade econômica de janeiro, quando comparada à de dezembro do ano passado.

    Na análise trimestral, o crescimento foi de 1,2% no período fechado em janeiro, contra 2% no anterior, encerrado em outubro.

    O estudo realiza análises trimestrais nos quatro componentes da demanda, por entender que elas são menos suscetíveis a volatilidades. Coordenador do Monitor do PIB da FGV, o economista Cláudio Considera explica que a economia brasileira crescia em média 1,1% no pré-pandemia, e viu esse patamar cair para 0,4% desde a chegada da Covid-19, com impactos na demanda e na oferta. A queda, para ele, está atrelada à redução da demanda.

    “Esses números traduzem bem o impacto da pandemia sobre resultados que já eram medíocres antes dela. O consumo das famílias e o consumo do governo representam 80% do PIB e foram bastante prejudicados inicialmente pela falta de vacinas e posteriormente pela falta de um programa de vacinação, como é bem ilustrado pelo fracasso dessa demanda durante a pandemia.”, afirma Considera.

    O consumo das famílias caiu 1,3% quando comparado ao trimestre anterior, embora, em relação ao mesmo período do ano passado, tenha apresentado alta de 1,9%. Pelo quarto mês consecutivo, foi o único componente a apresentar taxas positivas.

    A formação bruta de capital fixo, componente que apura investimento em ativos fixos para ampliar a capacidade produtiva da economia, cresceu 1,3% em relação ao trimestre móvel anterior. No entanto, o grupo máquinas e equipamentos foi o único a apresentar retração: caiu 8,7%.

    A exportação aumentou 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela agropecuária. No entanto, quando a comparação é com o trimestre encerrado em outubro, houve retração de 0,6%.

    As importações aumentaram 2,2% em relação ao mesmo período trimestral de 2021, com crescimento qualificado como surpreendente pela pesquisa para importação de serviços (10,5%), além do elevado crescimento da extrativa mineral (54,1%). Quando comparado com o trimestre encerrado em outubro, a alta foi de 1,2%.