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    Pressões sobre preço dos combustíveis não vão cessar, diz economista

    À CNN Rádio, Alexandre Pires afirmou que todas as medidas propostas "são paliativas"

    Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro
    Preços de combustíveis em posto na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro Reprodução/CNN

    Amanda GarciaBel Camposda CNN

    São Paulo

    As medidas que podem ser tomadas para a contenção da alta dos preços dos combustíveis são “de curto prazo e buscam efeito imediato”, mas não devem ter muito impacto. Esta é a avaliação do professor de economia do IBMEC de São Paulo, Alexandre Pires.

    Em entrevista à CNN Rádio nesta terça-feira (5), ele disse que acredita que haverá a criação do chamado fundo de estabilização. “Não é de difícil execução e tem apoio da Câmara dos Deputados, o que faz com que tenha chance de sucesso.”

    No entanto, o economista alerta: “São medidas paliativas porque a pressão sobre os preços dos combustíveis e do petróleo não cessará, a gasolina tende sempre a ficar mais cara e os combustíveis alternativos também.”

    Alexandre Pires também explicou que o fundo de estabilização da maneira com que vem sendo proposto “não é uma estratégia típica.”

    Nos Estados Unidos, por exemplo, ele funciona com as “reservas estratégias, quando há qualquer choque, seja de preço ou abastecimento, como nos anos 70, elas funcionam como colchão de amortecimento, impactam o preço porque são uma oferta de emergência, os preços não conseguem subir tanto.”

    No Brasil, no entanto, essa forma nem seria possível: “A gente nem tem isso, tem reservas na bomba, postos têm estoque, por pouco tempo, não conseguem influenciar o preço.”

    Aqui, portanto, a ideia é usar uma “solução financeira”, com a venda de ações da Petrobras, por exemplo, e fazer com que os preços não variem.

    Na prática, ele seria “um fundo de subsídio, não de estabilização, porque sempre vai ter que entrar recurso, quanto que vamos conseguir destinar do orçamento público, que já é limitado, para o preço do combustível? E quem ele vai favorecer: o setor de transportes, as classes menos favorecidas?”