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    Presidente do Bradesco diz que banco atingiu pico na inadimplência no 3° trimestre

    Banco entende que momento é de trabalhar margem com clientes

    Banco divulgou na noite de quinta-feira (9) lucro líquido recorrente de R$ 4,62 bilhões no terceiro trimestre
    Banco divulgou na noite de quinta-feira (9) lucro líquido recorrente de R$ 4,62 bilhões no terceiro trimestre REUTERS/Paulo Whitaker

    da Reuters

    O Bradesco avalia que atingiu o ápice do índice de inadimplência no terceiro trimestre e agora está buscando uma normalização do crédito e da margem com clientes, afirmou o presidente-executivo do banco, Octavio de Lazari Junior, nesta sexta-feira (10).

    O banco divulgou na noite de quinta-feira (9) lucro líquido recorrente de R$ 4,62 bilhões no terceiro trimestre, queda de 11,5% frente ao mesmo período do ano anterior, com uma carteira de crédito estável e menor margem financeira, mas crescimento na receita de serviços e no resultado do negócio de seguros.

    “Resolvemos o assunto de margem com o mercado, será positivo no quarto trimestre e em 2024. Entendemos que atingimos pico no assunto inadimplência e, agora, o que temos que trabalhar é na melhoria na margem com clientes”, disse o executivo em entrevista a jornalistas.

    Na bolsa, as ações preferenciais do banco recuavam cerca de 2,5% nesta manhã, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que subia 0,8%.

    O Bradesco apurou índice de inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 5,6%, excluindo o impacto da recuperação judicial da Americanas, ante 5,7% no segundo trimestre e 3,9% no mesmo período de 2022.

    “O pior ficou para trás. Nas operações de 15 a 90 dias já tivemos redução dos índices”, disse o executivo, citando queda de 20 pontos básicos na inadimplência da carteira pessoa física no terceiro trimestre, embora tenha ocorrido pequena elevação em micro e pequenas empresas.

    “O mês de outubro já mostrou melhora”, acrescentou, sem dar detalhes.

    Questionado sobre quando prevê um acordo para aprovação do plano de recuperação judicial da Americanas, o presidente do Bradesco afirmou que espera a assinatura de um acordo “ainda este ano” e que as discussões com a empresa nos últimos 40 a 50 dias “caminhou muito bem”.

    Na véspera, o vice-presidente de controles internos e gestão de riscos do Banco do Brasil, Felipe Prince, afirmou que é possível que a aprovação do plano fique para o próximo ano diante da proximidade do recesso do judiciário.

    A Americanas agendou a divulgação de balanços financeiros para a próxima segunda-feira (13).

    Lazari afirmou ainda que espera uma redução no custo do crédito no quarto trimestre, “com perspectiva de melhora a cada trimestre”.

    Na área de mercado de capitais, o executivo citou que há muitas operações de ofertas iniciais (IPOs) e subsequentes (follow ons) esperando “na gaveta” uma oportunidade de serem lançadas. Ele avalia que o fluxo poderá ser destravado a partir do primeiro trimestre do próximo ano.

    Veja também: Investidores repercutem balanços corporativos