Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Presidente da Samsung nega irregularidades em acusações sobre fusão de 2015

    Caso é o último contra Jay Y. Lee, que foi perdoado por uma condenação anterior e que, no ano passado, consolidou sua posição de liderança na Samsung como presidente-executivo do conselho de administração

    Lee Jae-yong durante visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à fábrica da Samsung na Coreia do Sul, em maio de 2022
    Lee Jae-yong durante visita do presidente dos EUA, Joe Biden, à fábrica da Samsung na Coreia do Sul, em maio de 2022 Getty Images

    Joyce Leeda Reuters

    em Seul

    O presidente do conselho de administração da Samsung Electronics, Jay Y. Lee, negou nesta sexta-feira (17) ter cometido irregularidades, depois que promotores sul-coreanos pediram a prisão por cinco anos do executivo acusado de fraude contábil e manipulação do preço de ações envolvendo a fusão de 8 bilhões de dólares de afiliadas do grupo em 2015.

    A audiência é a última sessão do tribunal de primeira instância antes de uma decisão, esperada para daqui a alguns meses, encerrando um julgamento que durou três anos.

    O caso é o último contra Lee, que foi perdoado por uma condenação anterior e que, no ano passado, consolidou sua posição de liderança na Samsung como presidente-executivo do conselho de administração.

    Durante a audiência desta sexta-feira no Tribunal Distrital Central de Seul, os promotores acusaram Lee, 55 anos, e outros ex-executivos do grupo de violarem a lei de mercados de capitais para tornar possível a fusão de 2015 que ajudou Lee a assumir um maior controle do carro-chefe do grupo, a Samsung Electronics.

    “Os réus minaram a base do mercado de capitais para facilitar a sucessão do líder”, disse a promotoria. “Eles abusaram da autoridade concedida pela empresa e pelos acionistas para os interesses particulares do líder do grupo e abusaram de desequilíbrio extremo de informações.”

    Lee e os executivos negaram terem cometido irregularidades, afirmando que os processos de fusão e contabilidade com os quais os promotores têm problemas faziam parte das atividades normais de gerenciamento. “Nunca tive meus interesses pessoais em mente durante a fusão”, disse Lee ao tribunal.

    “Nunca passou pela minha cabeça prejudicar outros acionistas para aumentar minha participação. Eu e os outros réus acreditávamos que a fusão ajudaria as duas empresas. Achei que ela atenderia às demandas da sociedade para tornar a governança transparente e simplificada.”

    Lee foi anteriormente condenado por subornar o ex-presidente sul-coreano Park Geun-hye e ficou preso por um total de 18 meses de 2017 a 2021. Posteriormente, ele recebeu liberdade condicional em 2021 e foi perdoado em 2022.