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    Presidente da Câmara defende indicação de Adriano Pires para a Petrobras

    Para Arthur Lira, indicação deve levar em consideração a experiência no setor energético; Ministério Público do Tribunal de Contas da União quer apurar se há conflito de interesses

    Logo da empresa de petróleo, Petrobras, no Rio de Janeiro, Brasil.
    Logo da empresa de petróleo, Petrobras, no Rio de Janeiro, Brasil. 16/10/2019 REUTERS/Sergio Moraes

    Neila Guimarãesda CNN

    em Brasília

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta segunda-feira (4), o nome do economista Adriano Pires para a presidência da Petrobras.  De acordo com Lira, a indicação para o comando da estatal de petróleo deve levar em consideração a experiência no setor energético.

    “Quer dizer que você tem que pegar um funcionário público para ser presidente da Petrobras, ou pegar um arcebispo para ser diretor da Petrobras ou pegar um almirante ou um coronel para ser presidente da Petrobras? Não, você tem que pegar alguém que entenda de Petrobras. Alguém que entenda de petróleo, de gás e do setor e que vá ser julgado dali para frente nas suas ações”, afirmou Lira durante evento sobre semipresidencialismo mediado pelo portal Jota.

    A crítica do presidente da Câmara veio após a indicação de Pires ser contestada pelo Ministério Público do Tribunal de Contas da União, que pediu a abertura de apuração para investigar se a atuação do economista como consultor em uma empresa do setor de energia pode gerar conflito de interesses enquanto estiver à frente da Petrobras.

    “Se eu sou da atividade privada eu não posso trabalhar para um grupo empresarial? Eu não posso prestar serviço, eu não posso ter trabalhado e isso vai me prejudicar nas minhas decisões na frente?”, questionou Lira.

    O governo tenta convencer Pires a aceitar a indicação. Segundo fontes ligadas ao Planalto e ao economista, ele estuda declinar por conta de sua carteira de clientes.

    No início da tarde desta segunda-feira (4), a âncora da CNN Brasil, Daniela Lima, informou que aliados de Pires dizem que ele avalia formas de viabilizar sua indicação para a presidência da Petrobras, embora admitam que a formatação da lei que rege as normas para indicações a cargos em estatais impede “que um nome de mercado” dirija a petroleira.

    A analista da CNN Brasil, Thais Arbex, apurou que, diante da possibilidade de Pires desistir de assumir a presidência da Petrobras, o nome do secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, voltou a ser cotado para o cargo.