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    “Preços vão parar de crescer e estabilizar elevados em 2023”, diz economista

    Segundo Caio Megale, a inflação deve durar cerca de 1 ano e meio, com os preços menores sendo sentidos pelos consumidores efetivamente no fim do ano que vem

    Tânia Rêgo/Agência Brasil

    Thiago FélixFabrício Juliãoda CNN em São Paulo

    A inflação medida pelo IPC-S, da FGV, subiu 0,24% na segunda quadrissemana de julho, indicando desaceleração ao ser comparado com o período anterior, quando avançou 0,69%. À CNN nesta terça-feira (19), o economista-chefe da XP, Caio Megale, afirmou que a alta dos preços deve arrefecer, mas eles permanecerão altos no ano que vem.

    “Inflação não é nível de preço, é variação. Então as coisas vão parar de subir a um ritmo muito alto e isso traz a variação para baixo, mas o nível de preços deve continuar elevado”, pontuou.

    “Acredito que não vamos ver alimentos e energia baratos no ano que vem. Vamos observar os preços estabilizarem em um patamar alto, mas pelo menos não continuar subindo no mesmo ritmo”, acrescentou o economista.

    Megale observou que a inflação atingiu não somente o Brasil mas o mundo todo em decorrência da pandemia, tanto por questões de oferta quanto de demanda, além de ter tido impacto adicional com a guerra entre Rússia e Ucrânia.

    Segundo ele, é preciso haver um combate nas duas frentes para diminuir os preços, corrigindo o choque causado no mundo.

    “Do lado da oferta, é necessário haver uma normalização da economia, com os pontos de comércio voltando a funcionar gradativamente”, salientou.

    “Já do lado da demanda é preciso jogar um pouco de água na fervura… utilizar mecanismos como o aumento de juros para frear a demanda e tentar reequilibrar a economia”, destacou.

    Megale afirmou que, com isso, a inflação deve durar cerca de 1 ano e meio, sendo sentida efetivamente no fim do ano que vem.