Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Preço de alimentos em 2022 depende de ‘boa vontade de São Pedro’, diz economista

    À CNN, Felipe Serigatti afirmou que tendência é de melhora para o ano que vem, mas dificilmente patamar voltará a ser igual ao do período pré-pandemia

    Preço dos alimentos preocupa brasileiros
    Preço dos alimentos preocupa brasileiros Estela Aguiar/CNN Brasil

    Amanda Garciada CNN

    São Paulo

    A projeção revisada do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para o PIB do setor agropecuário em 2021 – que passou de crescimento estimado em junho de 2,6% para 1,7% — se explica devido aos eventos climáticos observados em julho e agosto.

    Esta é a avaliação do economista e pesquisador do Centro de Estudos do Agronegócio da FGV, Felipe Serigatti, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (27).

    “De junho até agosto tivemos eventos climáticos que prejudicaram a atividade agropecuária, como a manutenção da seca, escassez hídrica que afeta lavouras e pecuária, além da sequência de três geadas”, afirmou.

    Ele ainda fez uma ressalva: “Os produtores no momento não têm o que fazer, é um ciclo biológico, depende do bom humor de São Pedro e neste ano, por exemplo, ele não foi legal.”

    Segundo ele, no ano que vem, a inflação de alimentos deve ser amenizada: “Os preços podem ficar mais razoáveis, mas não dá para contar com valores pré-pandemia, já que os custos de produção estão em outro patamar.”

    Como os problemas climáticos prejudicaram as produções, houve queda da oferta e consequente subida do preço. Mesmo assim, há uma boa notícia, de acordo com Serigatti.

    “A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou a primeira projeção para produção de grãos para 2021/2022, devemos ter expansão em todos eles, como milhos, feijão, arroz e soja”, disse.

    No entanto, apesar da ampliação da produção, o aumento da quantidade ofertada – que traria consigo a derrubada de preço e amenização da inflação sobre os alimentos – dependerá de alguns fatores.

    “Não há bola de cristal para prever a melhora dos eventos climáticos e, do outro lado, temos o combustível, energia e insumos mais caros, com o dólar em patamar elevado”, disse.