Precisamos de transição integrada para preservar economia, diz governador do PI
Wellington Dias (PT) manifesta preocupação com reação das economias dos estados após redução no auxílio emergencial e nos repasses do governo federal
O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), defendeu nesta segunda-feira (21), em entrevista à CNN, uma política nacional de transição que prepare a economia brasileira para um cenário pós-pandemia e sem os estímulos públicos atualmente vigentes no país.
Neste final de semana, o petista enviou uma carta aos demais 26 governadores manifestando reocupação com a diminuição desses estímulos, que incluem a redução no valor do auxílio emergencial para R$ 300 e nas compensações que o governo federal vem pagando para mitigar as quedas na arrecadação dos estados.
“O interesse é que tenha uma transição, do ponto de vista da economia, de garantir a geração de alternativas para que a gente possa proteger a renda e o emprego”, disse Dias, entrevistado pelos âncoras Caio Junqueira e Monalisa Perrone e pelos colunistas Fernando Molica e Iuri Pitta.
Para Wellington Dias, “há a necessidade de fazer isso de forma integrada”, argumentando que medidas adotadas isoladamente pelos estados não serão suficientemente eficazes para lidar com os impactos desse desmame dos estímulos.
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O governador do Piauí defende que as relações políticas entre governos e partidos devem ficar em segundo plano nesse debate. “Todos os governadores, independente de partido, têm mostrado preocupação com o que vai acontecer no para frente”, defendeu.
Entre as medidas que devem ser adotadas, Wellington Dias corroborou a avaliação do seu colega, o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), que defendeu o deslocamento de recursos públicos para abastecer fundos voltados a investimentos.
“Não são alternativas da criação de novos impostos, mas são alternativas de receitas”, disse o petista.
Mortes por Covid-19
Dias citou números de previsões fornecidas a ele, que projetavam em torno de 18 mil mortes pela Covid-19 no estado do Piauí.
Com 2.038 mortos pelo novo coronavírus, segundo o balanço divulgado nesta segunda pelo Ministério da Saúde, o estado diminuiu o impacto da doença ao seguir medidas baseadas em recomendações médicas, disse o governador.
“Estamos tristes de ter passado de 2 mil mortes, mas vidas foram salvas no caminho de seguir a ciência”, argumenta.