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    Por que a Apple ainda não anunciou o iPhone 12?

    Fãs da marca se frustraram com evento anual da empresa, que ainda não divulgou novo modelo de smartphone

    Uma mulher segura seu iPhone 11 Pro Max em Pequim, China
    Uma mulher segura seu iPhone 11 Pro Max em Pequim, China Foto: Jason Lee/Reuters (20.set.2019)

    Rishi Iyengar, do CNN Business

    Consumidores que acompanharam o evento costumeiro da Apple no começo de setembro, esperando ouvir detalhes animadores sobre o vindouro iPhone 12, receberam, em vez disso, um comercial de uma hora de duração descrevendo os mais novos modelos do Apple Watch e uma linha restaurada de iPads de baixo e médio custo.

    A ausência do smartphone não era totalmente inesperada. A Apple havia alertado, durante a última conferência de rendimentos, que interrupções na cadeia de suprimentos causadas pela pandemia do novo coronavírus poderiam atrasar o mais novo iPhone.

    “No ano passado, começamos a vender iPhones no fim de setembro”, disse o diretor financeiro da empresa, Luca Maestri, naquela conferência de julho. “Este ano, nós prevemos que os suprimentos estarão disponíveis algumas semanas mais tarde”. 

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    Enquanto a pandemia pode ter afetado o estoque de alguns componentes específicos, a capacidade de produção teve uma “recuperação forte” nos últimos meses, de acordo com Ross Rubin, o principal analista da Reticle Research.

    Se o próximo celular entregar uma nova tecnologia genuína – que os consumidores desejam –, atrasar o lançamento não deve afetar as vendas.

    “O iPhone 12 pode ter novidades suficientes para ganhar um evento separado; a chave é tê-lo pronto na véspera dos feriados de fim de ano, então uma mudança no lançamento em algumas semanas não é uma grande alteração”, disse Rubin. 

    E se as previsões do analista forem precisas, o iPhone 12 pode valer a espera: ele é previsto para ser o primeiro smartphone da Apple com capacidade para 5G. 

    A habilidade de operar nas redes sem fio super-rápidas da próxima geração pode convencer milhões de pessoas a darem um upgrade em seus celulares.

    De fato, analistas preveem que o iPhone com 5G vá gerar um “superciclo” de consumidores comprando novos dispositivos, mesmo que a Apple esteja ligeiramente atrasada para a festa — sua arquirrival, a Samsung, tem lançado aparelhos prontos para o 5G há mais de um ano.

    Nesta segunda, a Google sugeriu o lançamento de dois novos smartphones com 5G da linha Pixel, que serão revelados em 30 de setembro. 

    A Apple está entrando na disputa do 5G bem quando a compatibilidade com a próxima geração está se tornando uma função comum de smartphones e antes de que os benefícios da cobertura 5G estejam amplamente disponíveis.

    A empresa pode contar que sua leal base de usuários do iPhone esperem até mais tarde por um aparelho com 5G de sua marca favorita.

    “Quase todas as principais marcas do Android têm agora pelo menos uma linha com 5G no mercado; a Samsung tem várias”, disse Rubin.

    “Então é impotante em termos de acompanhar a paridade de funções e de se preparar para o futuro, e um aumento dramático na velocidade em relação ao 4G ainda não chegou a maioria das redes de 5G”. 

    Em termos de gerar entusiasmo nos consumidores, faz sentido adiar o anúncio para lidar com interrupções na produção, escreveram analistas da Morgan Stanley em uma pesquisa no último dia 10.

    “Um anúncio de um novo iPhone mais perto do lançamento do produto e datas de envio é menos provável de ter interrupções na demanda”. 

    (Com informações de Clare Duffy, do CNN Business. Texto traduzido, leia o original em inglês)