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    Políticas de educação e combate à fome são prioridades para diminuir desigualdade, dizem especialistas

    Especialistas discutiram políticas necessárias para mitigar a desigualdade no Brasil durante o Fórum Esfera Brasil

    Pedro Zanattada CNN , em São Paulo

    Nesta sexta-feira (25), durante painel do evento Fórum Esfera Brasil, especialistas debateram políticas prioritárias para mitigar a desigualdade no país, além de medidas para torná-lo mais sustentável. Os convidados participaram do segundo painel desta sexta, com o tema: “As políticas prioritárias para um Brasil menos desigual e mais sustentável”.

    O evento é promovido pela Esfera Brasil, uma organização que visa fomentar o pensamento e diálogo sobre o Brasil e que reúne empresários, empreendedores e a classe produtiva. Independente e apartidário, o grupo tem como missão ser um polo aglutinador do empreendedorismo brasileiro.

    Patrícia Ellen, ex-secretária de desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia de São Paulo, criticou o retorno dos problemas domésticos relacionados aos índices de fome e disse que é preciso uma agenda para “unir o país ao redor de um plano de desenvolvimento econômico”.

    “O Brasil hoje é um dos maiores provedores de alimentos para o mundo e estamos com esse tema da fome dentro de casa. Então, se pegarmos essa intersecção entre economia, fome e clima conseguimos ter uma grande agenda de desenvolvimento que vai trazer muita prosperidade e também lidar com os maiores desafios que temos atualmente”, afirmou.

    Além de Ellen, estavam presentes o ex-secretário municipal de educação de São Paulo e membro da equipe de transição do novo governo, Alexandre Schneider, o deputado estadual de São Paulo, delegado Bruno Lima (PP), e o advogado e Sócio de Bottini & Tamasauskas Advogados, Igor Tamasauskas.

    Schneider avaliou que é importante que o Brasil pense políticas educacionais com o propósito de recuperar as perdas causadas pela pandemia. Segundo ele, é preciso trazer novamente para a escola os jovens que deixaram o aprendizado e mantê-los nas instituições.

    “O Brasil precisa de uma política que integre os governos estaduais e os municipais para transformar a alfabetização como uma pauta urgente e a gente não aceitar que ninguém esteja na escola e não seja alfabetizado. A terceira questão, é manter as crianças na escola aprendendo. E ai, a pandemia teve um efeito dramático, perdemos 650 mil alunos ao longo da pandemia que não voltaram para a escola. Então do que precisamos é, de um lado, buscar essas crianças e também trabalhar com os programas de renda federais, estaduais e municipais para manter essas crianças mais vulneráveis”, disse.

    O deputado Bruno Lima (PP), diz que para atingir os objetivos relacionados à diminuição das desigualdades é preciso “uma atuação de várias pastas em conjunto”. Lima entende que o combate à fome é o tema mais urgente atualmente.

    “Estamos passando por um momento de guerra internacional e a prioridade tem de ser o combate à fome, à segurança alimentar”. Além disso, Lima entende que o tema da fome deve vir em conjunto com as propostas educacionais.

    Já Igor Tamasauskas diz que a educação “transforma as pessoas” e acaba com a necessidade de permanecer com as mesmas discussões no futuro. Segundo ele, em um primeiro momento, o foco deve ser “em resolver uma emergência que ela é imediata, as pessoas precisam comer, elas precisam cuidar da saúde. Isso só se faz com transferência de renda e não tem alternativa no curto prazo”.

    “Formar as pessoas com educação de qualidade, preparar o Brasil para enfrentar uma concorrência no polo de tecnologia em relação às outras nações e, obviamente, trabalhar esse papel distributivo do estado através da questão tributária, para cobrar imposto de quem tem mais. Trabalhar essa redução de desigualdades por meio desse tipo de incentivo”, explicou.

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